4 Lições Feministas que Frozen Deveria ter Aprendido com Lilo e Stitch
Tramas mirabolantes e subversões bombásticas não necessariamente fazem de um filme feminista.
Tenho uma confissão a fazer: demorei séculos para assistir Frozen. Não sei se perdi o bonde quando o filme foi lançado, ou se todo o let it go desafinado que eu ouvia por aí fez com que eu perdesse o interesse. Fato é que apenas recentemente sentei para assistir essa aventura congelante.
Achei legal. Bem, eu não o colocaria entre as minhas animações favoritas, mas consigo enxergar por que agradou tanto – principalmente as mulheres. Aliás, vários elementos da história parecem ter sido escritos justamente para desafiar estereótipos de gênero que cansamos de ver em filmes da Disney. Só para constar, para mim as principais contribuições do filme no sentido de quebra de padrões machistas em animações são:
- Como o filme trata como um absurdo a Anna resolver se casar com um cara que acabou de conhecer.
- O fato de ela escolher se sacrificar pela irmã.
- O fato desse sacrifício ser o ato de amor verdadeiro necessário para resolver todos os problemas no final, ao invés de um beijo romântico.
- Como a Elsa é coroada rainha sem a necessidade de um consorte (e sem isso ser o ponto central da trama).
Com isso, o filme foi amplamente celebrado como um pináculo feminista, uma obra-prima rara que finalmente coloca as relações românticas em segundo plano e, acima de tudo, retrata com louvor a famigerada sororidade na relação entre as irmãs Anna e Elsa.
Agora, acalmemo-nos. É claro que o filme tem um grande valor por apresentar subversões significativas de estereótipos femininos. Mas também não é para tanto.
Em primeiro lugar, questiono principalmente a alegação de que o filme é um retrato de sororidade. Será que dá para chamar de sororidade quando as personagens que supostamente a estão praticando são literalmente irmãs? Sororidade é acima de tudo conseguir sentir empatia e apoiar principalmente aquelas mulheres mais diferentes de nós próprias. No caso de Elsa e Anna, elas são da mesma família, com realidades muito similares.
Elas têm até a mesma cara.
Nesse sentido, vejo a relação entre elas não tanto como uma representação de sororidade, mas como algo que a Disney faz bastante em seus filmes: a valorização das relações familiares. Não precisa nem ir muito longe para ver que a Anna não é a primeira personagem a se sacrificar por um familiar amado. O Mufasa se sacrifica pelo Simba. A Mulan se sacrifica pelo pai. A Bela também. Por isso, por mais que eu reconheça a importância e o poder da mensagem de uma mulher se sacrificando por outra, não acho que dá para classificar o que acontece em Frozen como um ótimo exemplo de sororidade. É um ótimo exemplo de irmãs que se amam, apenas isso.
Talvez por isso tenha sido impossível para mim assistir ao filme sem lembrar de outra história da Disney com uma proposta muito parecida de amor fraternal.
A Disney tem um outro filme sobre duas irmãs órfãs que se amam.
Segunda confissão do texto: eu amo Lilo e Stitch. Amei da primeira vez que assisti, em meados de 2003, e ainda amo hoje em dia. Por isso, logo que comecei a ver a aventura congelante de duas irmãs protagonistas que perdem os pais, as irmãs havaianas Lilo e Nani me vieram imediatamente à mente. E a partir daí, Elsa e Anna foram perdendo terreno. Porque quando inevitavelmente comecei a comparar um filme com o outro, percebi que para realmente merecer todos a celebração feminista que recebeu, Frozen teria que ter aprendido com Lilo e Stitch algumas lições essenciais. Lições como…
Ter mulheres protagonistas não significa que todos os outros personagens do filme precisam ser homens
Aí vai uma informação interessante: apesar de Frozen ter duas mulheres como protagonistas, mais da metade das falas no filme são ditas por homens. Isso acontece porque além das protagonistas Anna e Elsa, não há mais nenhuma personagem feminina no filme todo.
Aqui está um apanhado de falas em vários filmes da Disney, para sentir o drama.
Confesso que eu não sei qual a porcentagem de falas de homens e mulheres em Lilo e Stitch, mas o filme certamente apresenta uma série bem variada de personagens femininas coadjuvantes além de suas protagonistas. Temos a alienígena presidente da galáxia, as amiguinhas de Lilo, a dona do canil, a senhorinha dona da quitanda, uma mulher de meia-idade dona de um Café, a salva-vidas que quase dá um emprego pra Nani. Todas elas têm falas e momentos memoráveis no filme. Enquanto isso, Frozen nos apresenta duas protagonistas que mais interagem com homens variados ao longo do filme do que uma com a outra.
Mulheres-token. (Atente-se também para a variedade de rostos dos homens).
Cadê as mulheres de Arendelle? Como pode termos apenas duas mulheres que falam num reino progressivo governado por uma rainha solteira?
Mulheres podem ter vários tipos de corpo
Antes mesmo de assistir Frozen, a estética das protagonistas já me incomodava. Como sempre, a Disney optou por personagens femininas magérrimas, além da tendência atual dos olhos gigantes e pés, mãos e narizes minúsculos.
A fôrma é tão igual que Anna, Elsa e a mãe morta são praticamente a mesma pessoa.
Mas não em Lilo e Stitch. Além de lindos cenários em aquarela, o filme apresenta mulheres com corpos totalmente fora do molde-Disney, que se aproximam muito mais das proporções reais de uma mulher. Nani, por exemplo, é uma mulher magra, sim, mas tem quadril e pernas grossas – algo praticamente inédito entre personagens de filmes do gênero.
Isso sem contar a grande variedade étnica que o filme apresenta.
Suas protagonistas não precisam ter poder (ou super-poderes). Basta que elas sejam bem construídas
Você pode até gostar da música, ou mesmo do figurino deslumbrante da Elsa, mas não dá para ignorar o fato de que as personagens de Frozen são mal construídas. Na verdade, se os outros personagens também não fossem tão rasos, eu teria sérias dúvidas se elas são de fato as protagonistas. A Anna, por exemplo, não tem desenvolvimento nenhum. Ela simplesmente personifica o clássico estereótipo da mocinha fofa, mas desastrada.
Ser desastrada: a falha feminina mais adorável e preguiçosa da ficção.
O triste é que a Anna tem potencial para ser uma ótima personagem, mas o traço que poderia lhe dar um pouco mais de profundidade – o fato de ela ser carente de afeto e companhia – nunca é realmente desenvolvido. Deduzimos que esse é o motivo de ela querer casar com um cara que acabou de conhecer, mas ela mesma nunca faz uma autoanálise e reconhece que isso é algo ruim. Tanto que dois dias depois ela já está apaixonada por outro cara.
Elsa, por outro lado, tinha um potencial imenso para ser uma das personagens mais complexas da Disney. O problema é que ela quase nunca aparece. Ao invés disso, somos obrigados a ver Anna tropeçar trama afora por boa parte do filme. E quando Elsa aparece, o seu desenvolvimento como personagem também é cheio de falhas. A questão central do filme, que é o fato de ela não saber controlar seus poderes, nunca é desenvolvida. Ela é a mesmíssima personagem do começo ao fim, até que no final tem uma epifania e descobre em um segundo como controlar os tais poderes.
Lilo e Stitch, por outro lado, tem um conjunto de personagens maravilhosamente complexos. Elas não tem qualquer poder ou dilema íntimo para dificultar a vida, mas mesmo assim passam por transformações e desenvolvimentos nítidos ao longo da história, que vão desde a adaptação de Nani no papel de irmã e mãe, até a transformação de Lilo de zangada e rebelde a uma criança cada vez mais consciente do drama que se desenrola ao seu redor. Lilo, aliás, é provavelmente o personagem-criança mais bem construído da Disney.
Além disso, até os personagens coadjuvantes em Lilo e Stitch são bem construídos. A presidente da galáxia é uma mulher rígida e correta, mas demonstra sentir o peso de suas decisões. Já o assistente social Cobra pode ser um cara durão fazendo um trabalho cruel, mas fica claro que ele entende o drama de Nani e sente empatia por ela. Aliás, o fato de os personagens possuírem essas complexidades faz com que o Lilo e Stitch seja um filme praticamente sem vilões. O que nos leva à nossa última lição…
Nem sempre vilões são necessários
Uma das coisas que faz com que as protagonistas de Frozen deixem a desejar em termos de profundidade é o quão tumultuada a trama é. Tem tanta coisa acontecendo, que não há tempo para as personagens se desenvolverem. Na verdade, só os poderes da Elsa e a sua relação conturbada com Anna já seriam trama suficiente para um filme todo. Ao invés disso, somos “presenteados” com intriguinhas sem sentido de um duque de peruca, um boneco de neve irritante que tem muito mais falas do que deveria, e a revelação completamente despropositada de Hans como um vilão.
Sim, isso acontece.
Não me entenda mal – eu acho interessante o fato de ele se revelar vilão. O problema é que essa reviravolta é desnecessária. Já tem coisa demais acontecendo em Arandelle. Acho que colocaram isso lá como um reforço da mensagem “não case com o primeiro homem que aparece”, mas todo o esforço é inútil, pois Anna mal reflete sobre a situação e no dia seguinte já está apaixonada por outro.
A questão é que nem sempre vilões são necessários. Frozen tinha a chance de ser um filme excelente sem vilão nenhum, mas não a aproveitou. Por outro lado, Lilo e Stitch não apresentou nenhum vilão, preferindo focar nas complexidades, dramas e dificuldades da vida real. Na sua simplicidade, alcançou a excelência.
Que fique claro que o ponto desse texto não é contestar a qualidade de Frozen, mas sim mostrar que mesmo ele, que tem uma intenção clara de fazer justiça a personagens femininas, falha em pontos muito simples. Histórias mirabolantes e uma ou outra subversão bombástica não necessariamente fazem de um filme feminista. Uma trama e personagens femininas bem desenvolvidas costumam ser o suficiente. Lilo e Stitch demonstrou isso onze anos antes de Frozen. E merece ser celebrado.
Carol
May 14, 2016 @ 3:49 pm
Nunca vi Lilo e Stich, acredita? Fiquei com muita vontade de ver agora!!! Ótimo texto, muito bem escrito!! =*
Lara Vascouto
May 14, 2016 @ 3:52 pm
Obrigada, Carol! Tem no netflix 😀
Caio FM
May 16, 2016 @ 10:20 pm
Olá, ainda não cheguei ao final da postagem, mas quando você fala de sororidade (nem conhecia essa palavra até agora) e o fato de não ser exatamente essa relação já que Anna e Elsa são irmãs, acho importante que você leve em consideração que é um filme americano e na cultura americana, a empatia por pessoas fora do círculo familiar é extremamente mais distante que a de dentro. Diferente do Brasil, é quase impossível uma situação de amizade sem interesse maior lá. Conheci pessoas dos EUA e acredite que embora eles entendam sentimentos de coletividade, empatia por alguém diferente não é se quer da cultura deles. Sendo assim, o filme traz uma situação de duas mulheres totalmente diferentes em personalidade, mas em um único círculo familiar, onde a relação de sororidade no contexto americano seria mais possível e palpavel
Fernanda
September 20, 2016 @ 5:04 am
Tbm fiquei afim de assistir 🙂 E além do mais, eu não gosto de frozen, mas nao tinha refletido os pontos que faziam o filme ser “fraco” no meu ponto de vista e vc conseguiu resumir isso super bem, personagens vazios, pq eles nao desenrolam. E tipo a trama por si só do conflito da Elza com seus poderes e o relacionamento dela com a irma já sao suficientes para o desenvolver do filme. Mas nao, eles têm que colocar um vilao da história, nada novo sob o sol. Eu fiquei bem confusa vendo o filme. E vi pq minha sobrinha é fã. Mas é basicamente musicas encantadoras e um personagem (o boneco de neve) fazendo palhaçadas, digo coisas engraçadaszzzz. A trama não se desenvolve, bem como vc disse. fora o fato de as personagens mulheres protagonistas serem as únicas na trama e elas representarem um estereótipo padrao de beleza eurocentrico e passarela, não representa a maioria das meninas brasileiras. Preciso agora urgentemente apresentar esse filme pra minha sobrinha. 🙂
Line
April 23, 2017 @ 5:28 pm
Mas nos Eua as pessoas costumam também adquirir independência mais cedo, sair de casa ainda com pouca idade e morar só, independentemente se for para a faculdade ou não, as vezes mudando de cidade e estado e com isso muitas pessoas de lá fazem amizades com vizinhos e colegas de trabalho tbm. enquanto aqui no Brasil muita gente não sai de casa nem quando casa e isso não significa viver em um lar harmonioso, unido e feliz, pois as vezes tem muita falta de respeito, briga e baixaria.
Hanna
May 14, 2016 @ 4:55 pm
Muito bom o texto, Sou sua fã.
Lilo e Stich é a minha animação preferida!
Deu vontade de assistir pela milésima e uma vez.
Lara Vascouto
May 14, 2016 @ 11:29 pm
Descobri que tem no netflix, Hanna – agora ninguém me segura, rs! Obrigada pelo carinho! 🙂
Nah Bueno/Eleven
October 19, 2016 @ 7:25 pm
Oiii, meu no também é assim, só que um pouco diferente, Hannah, rs.
Também amei a postagem,! Uma opinião: não acho a Nani tão magra assim, tanto que em alguns momentos aparece uns “pneuzinhos”.
Andréa
May 14, 2016 @ 6:27 pm
Sou completamente apaixonada em Lilo & Stitch!! Arrisco até a dizer que é o meu preferido entre a montanha disney!!
Imagina meu orgulho quando meu afilhado (3 anos) insiste em usar a fantasia de Stitch que dei pra ele até hoje… Mesmo quase não servindo! ??
Lara Vascouto
May 14, 2016 @ 11:28 pm
Hahaha! Que fofo! Lilo e Stitch é muito amor <3
Sarah
May 14, 2016 @ 11:04 pm
Eu realmente AMEI sua análise! Amo os dois filmes. Mas devo te criticar em um ponto.
O fato de Hans se revelar como um vilão não é despropositado e desnecessário. Concordo com todas as falhas que você apontou, todas mesmo, mas nessa eu não concordo, pois o fato de que o príncipe perfeito vira o vilão mostra para as meninas que mesmo o menino mais bonitinho e fofo pode se revelar um namorado abusador e que não te ama realmente; que o cavalheiro perfeito nem sempre é um homem que vai te dar um final feliz, que vai te dar amor. E isso é uma evolução imensa. O que eu acho completamente desnecessário no filme, infinitamente mais do que a aparição do Hans, que achei sim importantíssima, é a aparição do Kristoff, que não tinha nada pra fazer ali. Talvez, se ele não aparecesse, daria tempo para explorar mais essa relação entre as irmãs e as próprias questões pessoais das personagens.
Abraço, e muito obrigada pela análise, foi maravilhosa! 🙂
Lara Vascouto
May 14, 2016 @ 11:26 pm
Oi Sarah! Nossa, você tem toda a razão! Tirar o Kristoff faria muito sentido mesmo. E se aproveitasse e cortasse o Olaf, seria ótimo também, rs! Obrigada pela contribuição, foi ótima! 🙂
Lucy
May 16, 2016 @ 3:17 am
Oii Lara!
Obrigada por esse texto super bem construído. Sempre gostei muito da Lilo por vários motivos, tipo, como ela cuida do bicho de estimação dela, a relação dela com a irmã dela, com a aula de dança. Ela é realmente uma personagem super profunda. Eu acho a Lilo linda tbm, umas das mais lindas da Disney pra mim Haha. Outra coisa boa do filme é que o namorado da Nani é só um bom namorado e não o herói da história.
🙂
Lucy
May 16, 2016 @ 3:17 am
Oii Lara!
Obrigada por esse texto super bem construído. Sempre gostei muito da Lilo por vários motivos, tipo, como ela cuida do bicho de estimação dela, a relação dela com a irmã dela, com a aula de dança. Ela é realmente uma personagem super profunda. Eu acho a Lilo linda tbm, umas das mais lindas da Disney pra mim Haha. Outra coisa boa do filme é que o namorado da Nani é só um bom namorado e não o herói da história.
🙂
Lorrane da Silva
May 16, 2016 @ 11:10 am
Olá, tudo bem?
Preciso bater palmas para seu texto!
Eu nunca assisti Frozen e não tenho vontade. Por saber de fatos tais como você mencionou: Anna casar com um outro cara que acabou de conhecer, não ter outras mulheres na trama, novamente o padrão de corpo perfeito da Disney, etc…
O ruim é que um dos poucos pontos feministas do filme, que é a Elsa não precisar de um amor pra estar feliz estão querendo acabar, por colocá-la num caso lésbico. Não tenho nada contra, acho super válido a Disney criar uma princesa lésbica, só acho que nessa história não cabe.
Mais uma vez, parabéns pelo seu post!
Beijos e até!
http://www.dreamsandbooks.com
Lara Vascouto
May 16, 2016 @ 11:55 am
Oi pessoal! Infelizmente tive um problema ontem com o site e, ao solucioná-lo, acabei perdendo alguns comentários desse texto. Se você havia deixado um comentário aqui e ele sumiu, peço mil desculpas e deixo o convite para escrevê-los novamente, se quiserem. Obrigada pela compreensão!
Helga Takeno
May 16, 2016 @ 1:22 pm
Muito bacana o texto! Achei interessante o ponto de vista e concordo com ele. Até me deu vontade de ver Frozen e Lilo e Stich e confirmar tudo isso, hehehehe!
Parabéns!!!
Pandora
May 16, 2016 @ 5:02 pm
Concordo com tudo, Lilo e Stitch é mesmo fenomenal (tenho uma pelúcia do Stitch kkk) e agora entendi melhor por que sempre gostei tanto desse filme. É uma pena que ele não tenha tido o mesmo sucesso comercial de Frozen.
Mas, só pra não desmerecer completamente a “Aventura Congelante”, acho importante ressaltar que, devido ao estrondoso sucesso, agora uma geração inteira de meninas vai ter uma referência de princesa que não precisa de um príncipe pra ser feliz, e isso, apesar de não resolver todas as questões, é um bom motivo pra comemoração.
Aliás, pensei na solução ideal: vender boxes de dvd/blu-ray em que viessem juntos os filmes Frozen e Lilo e Stitch. Assim, quem comprasse pra ver a Frozen, ganharia a oportunidade de ver Lilo e Stitch também, completando, assim, a dose de feminismo que faltou ao primeiro. Hehehe
Natassia Tavares
August 30, 2016 @ 1:02 am
Super concordo! Acho inclusive que, se Lilo e Stitch fosse lançado hoje, com a internet alcançando a quantidade de pessoas que alcança hoje e com essa onda feminista, o filme teria tanto sucesso, ou mais que Frozen!
Juliana Lima
May 16, 2016 @ 5:55 pm
Concordo plenamente! O pessoal começou a ficar super baba ovo de Frozen, sendo que tudo o que rolou em Frozen já rolou em filmes muito mais antigos.
Os principais comentários são tipo “Nossa, Frozen tem mulher guerreira!”, sendo que isso ocorre em Mulan, Valente, Enrolados (mesmo que, de forma mais “zoada”, Finn e Rapunzel sempre ajudam uns aos outros), e até em Pocahontas.
“Ah, mas em Frozen, a Elsa não termina com nenhum homem!”. De certa forma, em Pocahontas também, mesmo que ela não quisesse deixar o John ir, ela optou por ficar com o povo dela. Fora que em Frozen, o casal permanece, só não é com a principal HUEHUEHUE.
Eu já tive a infelicidade de ouvir o comentário “A Elsa é a melhor porque tem poderes”. Tipo (??????). Eu interpreto isso como “Frozen é um filme tão fraco que precisa ter protagonista com poderes pra chamar atenção, coisa que nenhum outro filme da Disney precisou ter”.
E, como você falou no texto, tem gente que fala que “Frozen é lindo porque mostra o amor entre duas irmãs”. Lilo e Stitch mostra isso de forma muito mais profunda, justamente porque a Lilo é uma criança, e a Nani assume um total papel de irmã e mãe, coisa que não rola em Frozen.
Eu devo dizer que senti bastante ‘nojinho’ quando vi tantas pessoas falando que “Frozen é o melhor filme já feito pela Disney”. Tipo, nossa, vão cagar, sério HUEUHEUHE Frozen tá longe de ser uma obra prima da Disney, foi apenas uma “modinha” com uma história nada inovadora e bem mais fraca que qualquer outra da Disney.
Ainda bem que essa febre já abaixou, e espero que abaixe cada vez mais.
Ótimo texto!
Aline
May 16, 2016 @ 9:18 pm
“Ohana quer dizer família. Família quer dizer nunca abandonar.”
Lilo & Stich é minha animação preferida. Concordo com todos os pontos do texto. Talvez, se Lilo & Dtich fosse lançado agora, em que há uma maior visibilidade do feminismo, pudesse ser muito mais elogiado que Frozen.
Chenrik
May 17, 2016 @ 3:33 am
Eu já vejo Frozen de outra forma. Certo que tem duas personagens femininas protagonista, mas não acho que a história seja totalmente sobre mulheres. A meu ver é uma história bem gay na verdade. A Elsa é praticamente o/a homossexual que é escondida da família, que não se aceita como é e por isso tem medo de “sair do armário” e não ser aceita pela sociedade. “Conceal, don’t feel” é algo que se torna um padrão no início do filme: não sinta quem você é, apenas se esconda. E um dos auges da Elsa é justamente o Let it Go. Basta ler a letra (nunca parei pra ver a traduzida, mas pela preocupação da Disney com dublagem em diversos idiomas, acredito que o sentido se mantenha) e você verá que é praticamente uma jornada pelos sentimentos homossexuais de pessoas inseridas em um ambiente altamente heterossexual. Quem já passou por isso sabe como é o “aprisionamento” interior, onde em um reino de isolamento, você realmente é a rainha, enquanto uma tempestade de emoções ocorrem em seu interior. Então vem a Anna, a irmã que nunca entendeu muito bem o que tá acontecendo, mas tem vontade de estar com a irmã independente de quem ela seja, é ela luta pra trazer a irmã de volta à sociedade, mesmo que muita gente não a queira por perto (e mais uma vez a Elsa é aprisionada, não só mentalmente, mas fisicamente também). E então, quando o vilão resolve acabar com a “aberração”, a Anna, uma irmã que parecia despreparada mas ainda assim muito fiel à Elsa, surge e a salva mais uma vez, sem ser obrigada a isso, pelo simples amor fraternal. Ser aceito dessa forma por um familiar é uma das melhores sensações que você tem ao se assumir gay/lésbica. Porque, assim como a Elsa quando tira rapidamente a luva no início do filme, você faz de tudo para se esconder por temer uma retaliação, mas quando o que vc acha que vai acontecer não acontece, acho que “alívio” não seria a melhor descrição do sentimento, talvez amor seja.
É isso, pra mim Frozen não é especificamente sobre questões feministas, mas sobre questões homossexuais. É claro que tem um pouco de ambos, mas não necessariamente se ofuscam completamente
Chenrik
May 17, 2016 @ 3:39 am
Pelo post que escrevi abaixo eu diria que: sim, Frozen é um dos melhores filmes da Disney. Não por ter uma personagem mulher forte que não se casa com o príncipe no final, mas por ser capaz de ter uma mensagem bem mais profunda.
Letícia Gomes
May 17, 2016 @ 2:46 pm
Olá Lara, adorei sua analise e concordo com os pontos apresentados em comparação com Lilo. Acredito que um dos pontos que tambem mostra o quanto Lilo tem mais a ver com superação, amor familiar e superação, é o fato de que em quanto Anna e Elsa vivem em seus dilemas existenciais, elas não precisam fazer esforço nenhum em outras questões da vida como por exemplo lidar com questões que não seja ligado a realeza, já que uma é rainha e outra princesa, nasceram em berço de ouro, não precisam se preocupar em o que querem ser ou fazer da vida, tem tudo em mãos (claro que o tempo que se passa a trama é bem diferente do nosso e talvez esse seja o motivo). Já em Lilo, além do conflito que elas tem por terem perdido os pais (igual nos dois filmes), Nani tem que ser irmã e amiga da Lilo, tem que ser mãe, tem que trabalhar e isso é um ponto bem interessante pois elas não são nada de destaque onde vivem, são irmãs e mulheres como qualquer outro morador, frequentam os mesmos lugares e tudo mais, Nani precisa trabalhar para sustentar a casa, dar educação e carinho para irmã. Em Lilo mostra além de tudo que a realidade não é nada fácil, que também é difícil conseguir emprego, e sustentar um casa e fazer papel de mãe/ irmã. Meu ponto favorito é o Stich entrar como o mediador do conflito que Lilo tem com relação a se sentir só e sem amigos, e ao mesmo tempo em que stich é um vilão ele se mostra um ótimo companheiro para suprir as necessidades afetivas de Lilo (a mesma coisa que ocorre na vida real quando crianças se apegam a animais de estimação). Adorei sua analise, e adoro ler seus textos!! Beijoos
Susana
May 19, 2016 @ 12:13 pm
Amei o seu texto!! Também sempre fui apaixonada por Lilo e Stitch dês que foi lançado anos atrás e não me canso de ver. Queria acrescentar um pouco mais com uma opinião minha. Faço faculdade de animação e com isso acabo ficando bem “ligada” durante a produção de cada um. Sobre o Frozen, na verdade, bem na verdade, não era para ser outro filme “familiar” da Disney. A Elza era para ter se transformado na “vilã” no final e Hans não existia até então. Até o momento, eram apenas personagens femininos no filme. Os roteiristas decidiram mudar de ultima hora durante a composição das musicas. Quando foi apresentado “Let it Go” (cantado pela Elza quando é “libertada”), eles perceberam que podiam transforma-la em uma personagem boa no final. Mas na altura do campeonato, teriam que fazer um vilão. Ai que começaram a montar o Hans e o Kristoff (que ajudaria a Anna encontrar sua irmã e deixaria o publico confuso sobre o “beijo de amor verdadeiro”). Bem, acabou dando no que dando. Também acho que a Anna deveria ser um pouco mais desenvolvida, mas com tanta coisa acontecendo, realmente não se tinha muito o que fazer. Ainda gosto muito dos filmes da Disney/Pixar, a maioria (se não posso dizer quase todos) os personagens principais são mulheres. Mesma coisa posso dizer do Studio Ghibli, uma boa referencia de filmes com mulheres fortes como Nausicaa, Chihiro, Sophie, princesa Mononoke, Ponyo… Todas com histórias e personalidades bem fortes. Recomendo muito assistir!!
Ainda assim adorei o seu texto! Abraços
Dinorah Barbosa
May 23, 2016 @ 10:26 am
Lara, tem uma outra animação da Disney também muito boa sobre amor entre irmãos e com personagens complexos chamada Gravity Falls. É uma série com 40 episódios. Tem quase tudo no Netflix. Se for dar uma chance, sugiro que veja pelo menos até o final da primeira temporada porque até antes disso ela é meio devagar. Enfim, vale à pena. É lindo, fantástico, bem feito e infelizmente ainda pouco conhecida.
Julieta
May 24, 2016 @ 7:35 am
Eu acho que sua questão com os filmes e o feminismo esqueceu COMPLETAMENTE Merida, um que apresenta real emponderamento
cuja personagem principal é uma princesa mas com o corpo que foge também do estereótipo e todos os personagens principais são mulheres
izabella
June 2, 2016 @ 3:46 pm
Olá!
Sou apaixonada pelos filmes (animações) da Disney.
Não assisti Frozen nos cinemas pois não me agradou, achei que seria chato. Depois que passou no Telcine que fui assistir, e a parte que mais gostei foi a que Elsa constrói o castelo. Só. Achei o filme cometamente bobo, muita música, chato, chato. E o final pior ainda. Tudo se rovelve num derreter de gelo. Só assisti a ele 2 vezes.
Gostei demais dessa comparação com lilo e Stich, que é um filme é eu vejo até hoje e sempre choro. Adoro o desenho, as formas dele, como trabalho com ilustração o que mais me encanda é o traço, e sobre Frozen, nossa, que medo. Personagens horríveis com aquele olho enorme e boca miúda de peixe.
Em fim, seu post tá lindo e eu amei 😉
Nique
June 20, 2016 @ 8:47 pm
Olá.
Gostei muito do seu texto e das comparações que você fez.
Eu custei a ver Frozen (inteiro)… Comecei a ver uma vez por curiosidade mas a quantidade de músicas me aborreceu e eu fui pulando todas (não tenho paciência para musicais, por favor não briguei comigo, não estou falando que musicais não prestam, estou dizendo que EU não tenho paciência para eles e só), daí perdi alguns diálogos com vim a saber depois.
O “depois” foi porque minhas filhas viram o dito cujo na casa dos avós, gostaram demais e agora temos o DVD. Não acho o Olaf tão irritante, mas isso deve ser questão da minha paciência também (que não serve para musicais, mas serve para bonecos “alívios cômicos”, vê se pode…). Enfim, depois de ver a animação por completo, não fiz uma interpretação mais aprofundada, mas o que eu sempre me pego pensando é que a Anna é quem deveria ser rainha, já que, mesmo destrambelhada, ela corria atrás das soluções dos problemas, enquanto Elsa só quis fugir e se esconder sem dar muita importância para o que ficou acontecendo em Arendelle. Eu detesto a cena em que Anna está tentando falar (cantar) com a Elsa no castelo de gelo sobre o que aconteceu e Elsa fica gritando (cantando) feito uma louca (e acaba congelando o coração de Anna).
Sim, concordo muito com o que a Sarah comentou!! Seria perfeito!
Bom obrigada pela reflexão e pelo texto.
Um forte abraço.
GabVamp
June 22, 2016 @ 8:32 pm
Cara, eu adoro os dois filmes. E na minha opinião, não tem necessidade nenhuma de colocar tantos pontos negativos em Frozen pra defender Lilo e Stitch. Tanto um quanto outro tem seus pontos fortes e negativos, que poderiam ser mais bem aproveitados. A matéria teria sido mais interessante e produtiva se tivesse falando apenas sobre Lilo e Stitch, do que perder tempo criticando Frozen.
Vinicius Zóio
June 22, 2016 @ 9:46 pm
AHÁ! BOM SENSO ENCONTRADO! Eu e minha irmã falávamos disso por aqui outro dia, e dissemos -exatamente- que Lilo & Stitch é um filme de empoderamento feminino muito mais eficiente que Frozen. Comentamos também que A Princesa e o Sapo também tem protagonistas femininas mais interessantes que o Frozen.
Enfim, acho que deve haver mais esforço em criar histórias interessantes com protagonistas femininas interessantes do que necessariamente seguir uma “cartilha” de mensagens feministas e esquecer-se de que, no fim das contas, você está também contando uma história e apresentando personagens.
Liz
June 23, 2016 @ 3:00 am
Concordo com todos os pontos que você citou sobre o filme. Desde que começaram com essa história de que Frozen era importante pois a Elsa não termina com nenhum cara, não consegui não lembrar de Valente. Tipo, qual é, a história da Merida é basicamente baseada só nisso, dele querer agir e ser quem é de verdade e não ter que casar com ninguém, mas a sociedade impõe que ela seja de outra forma, mas aí chega Frozen que a história nem é baseada nisso e rouba a atenção de todo mundo, tipo (?????)
Enfim, muito bom o texto e eu queria pedir que você fizesse uma comparação entre esses dois filmes também.
Abraços
Carol
July 30, 2016 @ 4:05 am
Que ridículo falar que o Olaf é um boneco de neve irritante…..frozen é um filme incrível, nunca assisti esse Lilo e perdi totalmente qualquer vontade depois de saber que é tão feminista….
Filme onde o príncipe salva a princesa é tão romântico e lindo☺
Lara Vascouto
July 31, 2016 @ 7:00 pm
Vixe, se eu fosse você então não lia mais nenhum texto do blog, rs!
Fê
October 21, 2016 @ 4:47 pm
Ai que inovador o príncipe salvando a princesszzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz ronc
Larissa
December 27, 2016 @ 6:06 pm
Miga que que cê tá fazendo num blog sobre filme e feminismo se vc não gosta de feminismo?!!!!
Larissa
December 27, 2016 @ 6:04 pm
Demorei pra assistir Frozen também, não tanto quanto você, mas demorei. Quando assisti fiquei: uéeee, ceis jura que é ISSO que ceis tão celebrando tanto? Os personagens são mal construídos, a história é confusa e descabida e acaba sendo um filme sobre nada e coisa alguma. Um potencial desperdiçado. Fraco, pra dizer o mínimo. E o que dizer de Lilo e Stitch? Pra mim, um dos filmes mais lindos, em todos os sentidos, da Disney. Acho uma obra-prima. Um milhão e meio de reflexões e mensagens (sobre amor entre mulheres, família, sobre preconceito, sobre paciência, sobre redenção, enfim…). Fora a arte do filme que é linda de morrer. Dá de MIL a zero em Frozen.
Rafael Cordeiro
June 26, 2017 @ 1:17 pm
Oi, Lara! De fato, tudo que você fala sobre Lilo e stitch tem muito valor e por estar tão bem esmiuçado, não vou ser repetitivo.
no entanto, acho que perdemos a real proposta de frozen. frozen não é somente um filme feminista. ele é uma sátira ao gênero e, as melhores sátiras, te apresentam todos os aspectos de um gênero e subvertem explicitamente. isso implica, nos “filmes de princesa” em subverter aspectos como o príncipe encantado, o ato de amor verdadeiro, a maioria de personagens masculinos empoderados na história, a magia como um poder positivo, o apaixonar-se instantaneamente e por aí vai. frozen não pode aprender mais com lilo e stitch porque perderia essa essência.
é um bom debate, um debate que me agrada e se pensarmos frozen como um filme, de fato ele não é uma quebra tão grande. mas se levarmos em consideração que frozen é uma sátira ao subgênero dos filmes de princesa, acho que podemos perceber o seu real valor.
Cláudia Lara
June 27, 2017 @ 12:40 am
Primeiramente, o texto ficou ótimo! A gente costuma esquecer fácil de filmes que não foram de sucesso da Disney (tipo O Caldeirão Mágico e O Ratinho Detetive que ninguém coloca na lista da Disney como se fossem uma desgraça a ser escondida hahahahaha) Eu gosto muito de ambos os filmes, sou uma fã da Disney declarada, mas acho que um dos motivos de eu gostar de Frozen é justamente tudo que cortaram do filme final hahahahahaha
Ele acabou de fato virando um filme raso por não darem focarem no que já tinham de conteúdo pra trama e infelizmente por conta disso perderam muito, mas pra preencher alguns buracos existem coisas que foram descartadas que ajudam muito a preencher lacunas das personalidades e problemas delas.
As musicas descartadas(que tem no youtube \o/) tem vários trechos de como as vidas dela foram(mesmo que tenham mudado um pouco o plot depois e não tenha deixado a Elsa como vilã ;u;). “We know better” se passa quando crianças na época em que elas diziam que mesmo com os poderes da Elsa elas eram iguais, que cuidariam do reino ~juntas~; “More than just a spare” a Anna fala abertamente sobre como ela não se encaixava nem entre o povo por ser da realeza e nem na realeza porque ela nunca teria um papel atuante ali, como ela se sentia largada mas que ela iria provas que era mais do que uma “reserva”; “Life is too short”(e a reprise) onde elas brigam não sobre somente os poderes da elsa mas também como nenhuma das duas entende o ponto da outra. Sem contar que a profecia do plot antigo era muito melhor, pelo menos na minha opinião de quem queria uma Elsa que se impunha mais fortemente e que dizia que não, ela não iria voltar a se retrair da mesma forma que antes
Acho que no fim eu(e talvez outras pessoas que também acompanharam o processo criativo do filme) acabo abraçando a versão antiga do filme e usando partes dela pra preencher os buracos na trama que ficaram em Frozen. Enfim, por um lado é um filme muito bom, mas que também tem muitas falhas que poderiam ter sido corrigidas ou pelo menos atenuadas antes do lançamento. Poderia ter sido melhor? Sim, mas pelo menos não foi uma volta total no progresso de filmes de princesa <3
Marina
June 30, 2017 @ 6:03 pm
Uma coisa que anda me cansando muito no feminismo é essa mania que estamos tendo de problematizar as coisas quando não gostamos dela. Você achou o roteiro de frozen bagunçado e raso? isso talvez diminua PARA VOCê a qualidade do filme, mas não diminui a mensagem que o filme quer passar. para começar que eu realmente não entendo porque você tem que diminuir frozen para enaltecer lilo & stich. Ambos são filmes bons, certamente as meninas dessa nova geração terão exemplos melhores com eles do que eu tive com a bela adormecida e a branca de neve mas é totalmente injusto comparar os dois, porque eles obviamente são feitos para faixas etárias diferentes. Em lilo&stich os personagens são mais complexos, os dramas são mais reais e isso certamente é muito interessante para um adulto, mas talvez não para uma criança de 5 anos. em segundo lugar, quanto ao príncipe hans, acho totalmente válido ele ser um vilão. a mensagem que está sendo passada para as meninas é que um homem pode ser bonito e gentil, mas ela não pode ser ingênua e confiar apenas nas aparências. quisera eu ter recebido a mesma mensagem quando era criança! teria evitado muitos boys lixo pela vida! hahahahahaha enfim, acho que a sua crítica está um pouco bagunçada e que você está confundindo criticar elementos machistas com criticar roteiro e outros elementos da animação, mas, ainda assim, parabéns pelo texto!
Gus
July 3, 2017 @ 4:40 am
OI!
Eu acabei de comentar outro texto, que me trouxe aqui e me levou a outro texto (eu já tenho umas três abas abertas só desse site ❤). Bom, eu quero gritar uma coisa pro mundo inteiro ouvir. E tenho muito medo de me jogarem algumas pedras na cara.
eu
odeio
frozen
pra
caralho
que
filme
chato
da
porra
Sério, quando lançou, todos os meus amigos só falavam disso, toda a internet só falava disso, tudo era Frozen e nossa que filme maravilhoso nossa gustavo assiste frozen vai ver esse filme olha que legal ASSISTE
Eu fiquei super confiante no filme, já fui gritando NOSSA, já quero VER, FILME DO ANO!
Paguei os 40 reais mais inúteis da minha vida. Até hoje eu digo pra mim mesmo que eu devia ter esperado sair a porra do torrent ou estrear no Telecine, porque os 40 reais (25 do ingresso+15 da pipoca/refri) poderiam ser usados em coisas mais legais. Porra, o filme é superraso, aquela Anna é mais chata que música do luan santana no início de carreira, não suportei ela! A Elsa, que tinha tudo pra ser a melhor personagem de animação da década, não faz nada a porra do filme todo pra ficar cantando e fazendo cara de sofrida. O Hans me deixou meio “WTFFFFFF” porque né, quem conhece uma mina do nada e já decide virar bff e partir com ela numa superaventura? E, PRINCIPALMENTE, O QUE QUE O OLAF TAVA FAZENDO NAQUELA PORRA? Gente, aquele boneco é a PERSONIFICAÇÃO do “cê num tinha nem que tá aqui, linda”. Sério, eu fiquei o filme todo torcendo pra alguém esquecer a lareira ligada e ele derreter (um pouco cruel, admito, mas a maior crueldade é da Disney de me fazer pagar 40 reais pra aturar aquela porra sendo inútil por duas horas seguidas). Enfim, achei fraquíssimo, não merece nem 10% do hype que recebeu.
POr outro lado…
LILO E STITCH, EU TE VENERO, MELHOR ANIMAÇÃO DA DISNEY!
Adoro o filme, desde quando eu era criancinha eu sempre achei maravilhoso. Lilo, você é a coisa mais linda já criada desde a coxinha com catupiry. Te amo. Aliás, podiam criar o trio dos filmes-que-são-maravilhosos-e-merecem-mais-hype-que-frozen e colocar Lilo e Stitch, Mulan e Moana. Aliás, por falar em Moana, quero parabenizar a galera que fez o filme. Porra, Moana, eu te venero! Aliás, falando em Mulan, até é compreensível o filme ter mais falas de homens (ela tá num exército de homens, né), mas em um filme como Frozen, em que as PROTAGONISTAS são mulheres, isso é vergonhoso. Enfim, não suporto o filme, inclusive, peguei ranço daquela porra de Let It go por causa dele. Foi mal, Disney.
Enfim, pra terminar essa joça, parabéns pelo texto!