Livro x Filme – A Farsa de Cersei Lannister e o Mito da Mulher-Mãe
Como a série Game of Thrones eliminou a essência e a crítica da personagem de Cersei Lannister em favor de uma visão machista da maternidade.
*Contém spoilers.
Lembro como se fosse hoje do momento em que me interessei por Westeros. Estava tomando café da manhã no escritório quando três amigos começaram um papo animado sobre um season finale de Game of Thrones. Eu já tinha ouvido falar da série antes, mas naquele dia descobri que ela era baseada em livros e, bem, que tipo de leitora compulsiva eu seria se tivesse encarado essa descoberta como qualquer outra coisa que não um convite?
E o timing era perfeito! A série tinha acabado de terminar uma temporada (a segunda ou terceira, acho), o que me dava um bom tempo para ler todos os livros d’As Crônicas de Gelo e Fogo e ficar livre para maratonar as temporadas disponíveis a tempo de começar a nova temporada com completo conhecimento de causa.
Sim, sou dessas.
Não sei, talvez tenha sido porque eu cresci lendo Harry Potter e querendo arrancar os cabelos de frustração toda vez que um filme saía, mas o fato é que eu desconfio profundamente de adaptações. Hollywood é ruim nisso, gente. Claro que existem raras exceções, mas qualquer pessoa que gosta de ler vai concordar comigo. Por isso – e porque os livros são sempre muito melhores – eu tenho uma regra: sempre leia antes de assistir.
Bem, Game of Thrones não decepcionou e me provou mais uma vez por que eu tenho essa regra. Não me entenda mal, eu adoro a série, acho incrível, empolgante, quase nem dormi depois que assisti Battle of the Bastards de tão alucinada que fiquei, mas a questão é que ela falha muito forte em alguns pontos centrais dos livros de George R.R. Martin. E sim, é claro que eu estou falando das falhas em relação à representação feminina. Eu já disse antes e digo de novo: apesar de contar uma história de guerra e violência em um mundo extremamente machista, os livros trazem uma mensagem que é fundamentalmente anti-guerra, anti-violência e, sim, anti-machista. Coisa que a série parece não entender.
Ora, muitos são os problemas relacionados à má-representação de personagens femininas na série (estupros mil e mulheres nuas como decoração vêm à mente), mas uma das coisas que mais me chamaram atenção logo de cara como leitora foi a transformação que fizeram na personagem Cersei Lannister. Lembro de comentar inúmeras vezes com o meu marido (que não leu os livros): a Cersei-da-série é muito diferente da Cersei-dos-livros! Sim, ambas tem uma predileção não muito saudável por vinho, mas a diferença entre elas é muito mais visceral do que isso. A Cersei-da-série despertou sentimentos em mim que a Cersei-dos-livros, apesar de ser fascinante, só chegou a cutucar algumas poucas vezes. Sentimentos como simpatia, compreensão e até, pasme, admiração.
Por muito tempo eu apenas reparei no fato de a Cersei da série ser ‘gostável’ e a dos livros não, sem me aprofundar nos motivos por trás dessa diferença. Acontece, senhoras e senhores, que acabo de ler os livros mais um vez – e dessa vez atenta e com o olhar aguçado sobre nossa querida Cersei. E nessa leitura pude identificar exatamente onde está o problema:
A Cersei-da-série é uma mulher-mãe, enquanto a Cersei-dos-livros é uma mulher que por acaso também é mãe.
Explico.
Lembra quando, lá na primeira temporada, a Cersei tenta consolar a Catelyn pela queda do Bran (cof-tentativa de assassinato-cof) falando sobre um filho que ela perdeu ainda pequeno? Um filho do Robert? Claro, a coisa toda é uma tentativa da Cersei de se livrar de suspeitas, mas é uma cena bem emotiva, e não há dúvidas de que esse filho realmente existiu – ela não correria o risco de contar uma mentira tão grande. Bem, fato é que esse menino perdido nunca existiu nos livros, porque a Cersei dos livros sempre tomou chás abortivos para se livrar dos bebês do Robert, seu marido-estuprador.
Pois bem, e você lembra também de quando Cersei lamenta a decisão de Joffrey de mandar matar todos os bastardos de Robert, inclusive os bebês de colo? Pois é, nos livros quem decide isso e dá essa ordem é a própria Cersei, não Joffrey.
E da profecia da Maggy, você lembra? Nos livros, o ponto da profecia que mais afeta Cersei e a deixa paranóica é a parte em que Maggy fala que o valonqar “enrolará as mãos em sua pálida garganta e a estrangulará até roubar sua vida”. Valonqar, Cersei descobre mais tarde, significa “irmão mais novo”, e por isso ela fica paranóica em relação ao Tyrion. Já na série, essa parte do valonqar nem é mencionada. A parte da profecia destacada na telinha fala não sobre a sua morte, mas sobre a morte de seus três filhos.
Todo mundo quer conhecer o futuro até conhecer o futuro.
Está ficando mais claro? Durante quase todas as temporadas (com exceção, talvez, dessa última) a Cersei-da-série é uma personagem cujas motivações, ações e intenções são quase que inteiramente atreladas ao seu papel como mãe. Ou seja, ela é uma mulher-mãe, ao invés de uma mulher que tem no fato de ser mãe apenas uma de suas características. É isso, aliás, que a deixa tão mais “gostável” aos olhos dos telespectadores. Afinal, numa sociedade que idealiza a maternidade a ponto de desumanizá-la completamente, uma mãe que faz exatamente o que se espera de mães – tudo pelos seus filhos! – se torna muito mais digna de nossa simpatia e torcida.
O mais triste no fato de a Cersei-da-série ser resumida aos seus instintos maternos durante boa parte do tempo é que a Cersei-dos-livros é claramente um retrato de como um mundo machista e misógino pode destruir o psicológico de uma mulher. Ao crescer gêmea do Jaime e, mais tarde, ser praticamente vendida a Robert, um bruto que a estuprava no casamento, Cersei desenvolve dentro de si uma profunda misoginia internalizada. Na sua cabeça, as mulheres realmente são inferiores e fracas, sendo ela própria a exceção. Por isso, o seu grande ressentimento não é nem a forma como as mulheres são tratadas, mas sim o fato de ela própria ter nascido mulher.
“Os homens olhavam-na daquela forma desde que os seios tinham começado a despontar. Porque eu era tão bela, diziam eles, mas Jaime também era belo, e nunca os olhavam daquela forma. Quando era pequena, por vezes vestia a roupa do irmão, de brincadeira. Ficava sempre surpresa com a diferença de tratamento dos homens para com ela quando pensavam que era Jaime.”
“(…) estava farta de ter Jaime contrariando-a. Nunca ninguém contrariara o senhor seu pai. Quando Tywin Lannister falava, os homens obedeciam. Quando Cersei falava, sentiam-se livres para aconselhá-la, contradizê-la e até se recusarem a fazer o que ela queria. Tudo porque sou mulher. Porque não posso lutar com eles com uma espada. Tinham por Robert mais respeito do que têm por mim, e Robert era um bêbado desmiolado.”
“Se os deuses tivessem lhe dado a força que deram a Jaime e àquele imbecil fanfarrão de Robert, ela poderia fugir. Oh, por uma espada e pela habilidade de empunhá-la. Ela tinha o coração de um guerreiro, mas os deuses, em sua malícia cega, haviam lhe dado o corpo fraco de uma mulher.”
Eu devia usar a armadura, e você o vestido.
Além disso, a Cersei dos livros é extremamente cruel com outras mulheres e desconfia de todas elas. Usa-as quando precisa, é claro, mas as descarta – muitas vezes para um destino de morte e tortura – sem um pingo de dor na consciência.
“Suas memórias mais antigas eram de partilhar uma cama com Jaime, quando ainda eram tão novos que ninguém os conseguia distinguir. Mais tarde, depois de serem separados, tivera uma série de companheiras de cama, a maioria garotas da sua idade, as filhas dos cavaleiros domésticos ou vassalos do pai. Nenhuma lhe agradara, e poucas duraram algum tempo. Serpentezinhas, todas elas. Criaturas insípidas e choronas, sempre contando histórias e tentando se intrometer entre mim e Jaime.”
E finalmente, a Cersei-dos-livros dificilmente é a mãe abnegada e preocupada com os filhos como a Cersei-da-série é. Ela se preocupa, claro, mas é muitas vezes cruel e abusiva, principalmente com o dócil Tommen. A verdade é que a maternidade é apenas uma de muitas facetas de sua identidade. Uma faceta que ela não tem escrúpulos de usar para conseguir o que quer, diga-se de passagem.
“(…) o governo era seu; Cersei não pretendia abrir mão dele até que Tommen se tornasse homem. Eu esperei, ele também pode esperar. Esperei metade da vida. Desempenhara o papel de filha obediente, de noiva rosada, de esposa maleável. Aguentara os apalpões bêbados de Robert, o ciúme de Jaime, as piadas de Renly, Varys com seus risinhos abafados, Stannis que não parava de ranger os dentes. Contendera com Jon Arryn, Ned Stark e seu vil, traiçoeiro e assassino irmão anão, e durante todo o tempo prometia a si mesma que um dia seria a sua vez.“
Todas os cortes e mudanças dos livros para a série na forma como a Cersei pensa, sente e age contribuem imensamente tanto para eliminar a crítica original dos livros à misoginia e ao machismo, como para aumentar essa aura materna estereotipada de Cersei que vemos na televisão. Imagino que para os roteiristas da série não faz sentido uma mãe – uma mãe, imagine só! – mandar matar bebês, se preocupar mais consigo do que com os filhos ou, deus-o-livre-sai-demo, abortar!
Alguém conta pra eles que mulheres são mais complexas do que o que entra ou sai de suas vaginas.
Fazer da maternidade a parte mais importante das personagens femininas que são mães reflete uma visão machista por parte dos criadores da série, que pode ser verificado também em outras personagens. Catelyn Stark, por exemplo, tem uma cena emotiva na série em que lamenta e se culpa por nunca ter sido capaz de amar o bastardo Jon Snow como um filho, sendo que a Catelyn-dos-livros nunca se justifica ou se lamenta por isso. Além disso, Catelyn é eliminada da série quando teoricamente perde todos os seus filhos, enquanto nos livros continua como um dos personagens mais fascinantes da história.
E não esqueçamos também da selvagem Karsi que, depois de dizer adeus aos seus filhos, é morta simplesmente porque não consegue se forçar a lutar contra crianças-zumbi.
Oh não! Não posso matar crianças-zumbis! Eu sou uma mãe!!
E o mais bizarro; a prova definitiva de que os roteiristas são acometidos de uma forma grave de machismo-benevolente-idealizador-de-mães, é o fato de que essa personagem era pra ser um homem, originalmente. Saca só a justificativa pra fazer dela uma mulher (e não só uma mulher, mas uma mãe!):
“Ela era um cara, originalmente, e aí em algum momento do processo nós pensamos que seria legal se ela fosse uma mãe, e mostrá-la se despedindo dos seus próprios filhos para fazer daquele momento com as crianças mortas realmente ressoar emocionalmente”. – Miguel Sapochnik, diretor do episódio Hardhome.
Como a Kylie, blogueira do site Fandom Following, bem notou, essa justificativa sugere que apenas mulheres podem ser definidas pela maternidade, fazendo com que paternidade seja relegada a segundo plano. Aliás, vale notar que muitos personagens homens são pais em Game of Thrones, mas nenhum deles tem sua complexidade limitada à sua paternidade. Inferiorizar e ignorar a paternidade é importante para a idealização machista das mães, porque de acordo com ela, apenas mães podem/devem cuidar e se envolver com seus filhos. A blogueira ainda chama a atenção para o que acontece com o casal Baratheon depois que a pequena Shireen é queimada na fogueira. Stannis, apesar de claramente ter mais laços com Shireen do que Selyse, range os dentes, mas fica de boa. Já Selyse, se suicida.
Porque ela é a mãe, gente!
Em suma, as personagens femininas que são mães tem não só as suas identidades definidas pela maternidade, como são constantemente punidas por ela.
Agora, é verdade que nessa última temporada Cersei parece ter dado uma (leve) guinada que a distanciou um pouco de sua função materna. Ainda mais que a temporada acaba com todos os seus filhos mortos. No entanto, dado o histórico da maioria das mães de destaque da série, é justo pensar que a morte dos seus filhos talvez seja o começo do fim para a Lannister.
Principalmente mães sem filhos.
Se você não entende qual o problema com a idealização da maternidade, ou mesmo das mulheres, leia:
- 4 Estereótipos de Mães que a Publicidade Precisa Parar de Usar
- Pais Trapalhões em Sitcoms e o Problema do Falso Feminismo
- 4 Argumentos a Favor do Cavalheirismo que Provam que Cavalheirismo é Machismo
Leia também: Livro x Filme: Sansa Stark e a (des)Caracterização que a Levou de Vítima a Assassina; e Livro x Filme: Por que Catelyn Stark não Pode se Tornar um Zumbi com Coração de Pedra?
Raquel
October 4, 2016 @ 4:01 pm
Oi Lara! Adoro as problematizações q encontro por aqui e a forma acessível e divertida de tratar assuntos sérios, principalmente p nós mulheres. Paro td q estou fznd qnd vejo notificação do site no Twitter e venho ler rsrs
Adoro tmb o fato de q aqui fiquei mais crítica com aquilo q leio e assisto, muito obrigada por isso a vc e tds q contribuem com o site.
Abraço!
Lara Vascouto
October 4, 2016 @ 4:07 pm
É muito bom saber isso, Raquel! Muito obrigada pelo apoio! 😀
Bruno Dantas
October 5, 2016 @ 3:22 am
Sensacional o post! Também adoro a série, mas ela comete erros pesados na adaptação de várias personagens… Às vezes, chega a ser decepcionante, como no caso da Cersei. Ótima análise!
Lara Vascouto
October 6, 2016 @ 4:24 pm
Obrigada, Bruno! É decepcionante mesmo. Os caras são muito obtusos para o próprio machismo. :/
Kaoru
October 5, 2016 @ 3:46 am
Ótimo texto. Nunca havia parado para pensar sobre isso, na verdade só assisti a ultima temporada e li os livros. Reduzir a complexidade da personagem a maternidade, realmente é um machismo e um grande problema.
Lara Vascouto
October 6, 2016 @ 4:25 pm
Obrigada pelo comentário, Kaoru! 🙂
Sean
October 5, 2016 @ 2:25 pm
Mas nos livros ela não mima seus filhos com idéias absurdas? Como no caso do Joffrey/Arya/e a loba…onde ela fala pro “reizinho”, “reis tem cicatrizes, você lutou contra uma fera, e a matou”…”você é um leão dourado” etc…pra mim é uma mãe, mas uma mãe que criou muito mal seus filhos.
felipe
October 5, 2016 @ 5:13 pm
excelente texto
Andreia
October 5, 2016 @ 9:25 pm
Sean, ela mima o Joffrey porque o Joffrey é o primeiro filho dela, nos livros. Nos livros fica bem claro que ela aposta no Joffrey pra se definir e assumir o poder, ela usa ele, apenas. E ela realmente ama os filhos, como na série, mas é só que nos livros ela é bem mais livre e complexa que só a mãe desvairada e louca da série…
Lara Vascouto
October 6, 2016 @ 4:28 pm
Pois é, Andreia! O grande problema não é ela amar os filhos, mas sim o fato de a sua complexidade e trajetória estarem sujeitas ao seu papel, objetivos e interesses como mãe. Obrigada pelo comentário!
Lara Vascouto
October 6, 2016 @ 4:25 pm
Obrigada!
Andreia
October 5, 2016 @ 9:27 pm
É legal lembrar também que no livro a Cersei dá sinais de lesbianismo ou bisexualidade. Ela se envolve com uma mulher e é basicamente usada por ela depois. Algo que eu duvido MUITO apareça na série, já que o papel dela é ser mãe.
Eu adoro essa personagem e vou protegê-la!
Amanda Dultra
October 6, 2016 @ 10:54 am
Verdade! O que é mais interessante dessa relação com Lady Merryweather é que ela expunha seu desgosto com o sexo de nascença e queria se ver mais masculina (porque ela rejeita a feminilidade e vê isso na sociedade misógina de Westeros como uma fraqueza) e achava que usava a Taena (como Robert a havia usado), quando na verdade era o oposto.
Lara Vascouto
October 6, 2016 @ 4:32 pm
Verdade, Amanda! Na verdade, eu enxerguei essa relação dela com a Taena menos como um indício de a Cersei ser bi ou lésbica e mais como uma manifestação da sua misoginia, da sua vontade de exercer poder.
Marina
October 5, 2016 @ 10:24 pm
Texto excelente, parabéns! Só “discordei” de uma coisa: eu faço exatamente o contrário (quando possível), prefiro ver os filmes/séries antes de ler os livros. Decidi fazer isso depois das minhas experiências com HP e Hunger Games. Li os livros de HP antes dos filmes e sempre vi o filme com olhos de leitora, incomodada com as mudanças. Já Hunger Games eu assisti antes de ler e aproveitei muito mais o filme sem saber como ele deveria ser realmente heheehe Infelizmente eu só fiz isso com o primeiro hehehe Resolvi então só ler os livros de GoT depois de ver os episódios correspondentes, acho que curto mais a série assim!
Lara Vascouto
October 6, 2016 @ 4:35 pm
Faz muito sentido, Marina! Mas outro motivo de eu gostar de ler os livros antes é pra não “contaminar” a imaginação com os atores e cenários das adaptações. Sem contar que depois que sai o filme as editoras resolvem lançar novas edições tenebrosas dos livros com a capa do filme ahahahahaha
cristiane
October 6, 2016 @ 2:24 am
Como foi bom ler seu texto, e pensar que não estou sozinha nesse mundo. Essa Cersei da série é como você disse única e exclusivamente mãe, outro ponto chave de seu texto e falar da relação Catelyn/Jon, ela não era legal com ele, e não se culpava por isso e nem eu a culpava (não que eu achava super certo,mas ela estava numa situação complexa),mas esculto com frequências pessoas dizendo que Catelyn nunca maltratou o personagem de Jon, e usando como justificativa “Ora ela nunca bateu nele até que ele se machucasse” . Quando ouvi isso fiquei bem frustrada né !! Porque ou as personagens femininas de GoT são condenadas por todas suas ações sem qualquer empatia (Sansa/Catelyn), ou as pessoas tendem a usar todos os tipos de desculpas para tentar justificar as falhas das personagens para torná -las perfeitas e isso tb é um saco , afinal qual o problema de Sansa, Catelyn,Daenerys, Lisa entre tantas outras errarem como tantos outros personagens masculinos . Gostaria muito que um dia na cultura pop as mulheres ditas “difíceis ou complexas” exerçam o mesmo fascínio que personagens como Tyrion, Jon,Jamie,Ned, Walter White, Dexter, Hannibal e Tony Soprano exercem no imaginário das pessoas .
Lara Vascouto
October 6, 2016 @ 4:52 pm
Realmente, Cristiane! Não devia ser tão difícil, né? :/
Amanda Dultra
October 6, 2016 @ 10:49 am
Eu amo esse texto e vou protegê-lo.
Agora sob uma nota mais séria, isso representa uma das principais razões da minha repulsa ao show: simplesmente não consegue traduzir as personagens em sua complexidade. Li toda As Cronicas de Gelo e Fogo antes de começar a ver a série, a qual falhou muito.
Autora, você ganhou meu coração ao falar do Fandom Following. Eu seguia a Kylie (e também a Julia e a Wendy) no Tumblr antes da criação do Site, e a sua crítica lá (com vários comentários de defensores do show) é digna de nota. O nome do tumblr é “gotgifsandmusings” caso deseje dar uma olhada. Muito fascinante.
Lara Vascouto
October 6, 2016 @ 4:54 pm
Adoro as meninas do Fandom Following e a série de críticas a GoT da Kylie no Tumblr é maravilhosa! O texto tá linkando pra lá, aliás 🙂
Obrigada pelo comentário!
Ana
October 6, 2016 @ 11:09 am
Sabe o que é legal? Que o George rr martin, nos trechos que você transcreveu, explana o pensamento da Cersei mais ou menos como a gente problematiza nossa condição de mulher (não li o livro) mas pq nunca se fez uma crítica ao livro ou personagem do livro como “mimizenta”, né? Bom, amei seu texto e queria saber a reação do Stannis e da rainha no livro, com a morte da Shirey…. hahaahaah beijão (ela morre no livro?)
Lara Vascouto
October 6, 2016 @ 4:56 pm
Obrigada Ana! Então, a morte da Shireen é exclusiva da série – nos livros ela continua vivinha. 🙂
Verônica
October 6, 2016 @ 2:27 pm
Também vale comentar que nos livros o Davos fax tudo pelos filhos, fazendo esse papel de pai idealizado que muitas mães têm
Lara Vascouto
October 6, 2016 @ 4:57 pm
Verdade, Verônica! Os pensamentos dele são sempre para os filhos.
Anônimo
October 21, 2016 @ 10:03 am
Sei que você vai odiar isso, mas tenho gostado dos seus textos, mesmo sendo machista. Apesar da utilização dos termos já cunhados da militância, na grande parte você se escreve com eloquência e expõe muito bem sua visão. Abraços!
Bruns
March 24, 2017 @ 7:49 pm
Olá, Lara!
Acabei de conhecer o blog, eu vim pelo texto sobre a descaracterização da Sansa, e caso você for estender essa tag para os personagens masculinos eu queria que você falasse sobre o desserviço que fizeram com o Theon e Jaime da série.
Nessa última temporada a Sansa fala a frase do Theon “Se vou morrer, que aconteça quando ainda resta um pouco de mim”; e sobre o fato de no cerco do Tully o Jamie simplesmente vira as costas para os planos da Cersei e ali mesmo há uma ruptura com a irmã dele (sem falar no seu relacionamento com a Brienne) enquanto que no cerco da série ele ”ta de boas” com os planos e faz tudo que a Cersei quer.
Enfim, parabéns pelos textos e pelo blog <3
Lara Vascouto
March 25, 2017 @ 1:32 am
Pois é, Bruns! Os personagens masculinos também foram muito alterados para a série. Quero muito fazer textos sobre eles também! Obrigada pelo comentário!
Lara Vascouto
March 31, 2017 @ 12:10 pm
Nossa, o Jamie foi super transformado dos livros pra série! Na verdade, todos foram né. Uma mudança que sempre me choca muito é a do Tyrion. Nos livros ele é um personagem muito mais cinza do que na série. Enfim, como falei, vou terminar de falar sobre as personagens femininas de GoT para então partir para os masculinos. Acho que tenho trabalho até o fim do ano. hahahahah! Obrigada pela mensagem!
Bruno Prosaiko
May 14, 2017 @ 10:25 pm
Ótimo texto, Lara. Agradeço por ele.
Adoro ler análises como a sua pois me fazem desconstruir estereótipos semelhantes e evitar reproduzi-los nas minhas próprias histórias.
Acompanharei o site (que não conhecia) à espera de suas próximas análises. ^^
Lara Vascouto
May 15, 2017 @ 2:30 am
Obrigada e bem-vindo, Bruno!
LUCAS
August 15, 2017 @ 7:10 pm
Muito bom! para piorar ainda esse cenário, depois de ter perdido todos os filhos como dizia a profecia, agora colocaram a Cersei grávida, como se não pudessem manter ela mais lá sem ser uma mãe.