Game of Thrones T07E05 – Planos Mirabolantes, Intrigas e o Retorno Triunfal da Conveniência de Roteiro
Em Eastwatch, somos preparados para mais acontecimentos épicos no fim da temporada em detrimento da complexidade e desenvolvimento dos personagens.
Contém spoilers da série até o episódio cinco da sétima temporada. Atenção: nós não assistimos ao episódio vazado e nem vamos assistir até o lançamento oficial, por isso não deixe spoilers nos comentários!
É oficial: assistimos essa semana o episódio Eastwatch, o que significa que estamos na reta final da sétima temporada de Game of Thrones. Esse é um dos motivos pelos quais eu escrevo essa resenha com certa amargura. O outro é o fato desse quinto episódio ter sido recheado de inconsistências e soluções fáceis em uma série que já foi tão complexa e atenta a detalhes no passado.
Mas estou me adiantando. Antes que eu comece a reclamar logo no primeiro parágrafo desse texto, vamos logo tomar esse banho de água gelada com a resenha em si, núcleo por núcleo.
Campina
O episódio abre com aquilo que todo mundo já sabia: Jaime não morreu. Mesmo vestindo armadura completa e uma mão de ouro, Bronn conseguiu empurrá-lo do cavalo na hora H e levá-lo nadando até o outro lado do rio, para longe da batalha. Ele diz que arriscou a vida fazendo tudo isso porque o Jaime ainda lhe deve, enquanto o próprio Jamie reflete chocado sobre o poder dos dragões. Bronn diz que o contrato deles acaba onde os dragões começam, mas curiosamente permanece com os Lannisters, porque mais tarde é ele quem arruma o encontro entre Tyrion e Jaime.
Essa é mais uma entre as muitas situações completamente inverossímeis que a série vem trazendo ultimamente. Como esses caras conseguiram atravessar aquela água profunda? E por que o Bronn é invencível? Como bem disse nossa leitora, Amanda:
“Bronn, o maior gênio militar, estratégico, melhor lutador do Universo, o onisciente, onipresente, corpo fechado, imbatível, imortal, que oscila entre mercenário interesseiro e benfeitor filantrópico (…). Um mercenário que se mete nas situações mais perigosas sabendo de todos os segredos mais valiosos de uma mesma família há 5 anos – isso que é honra e lealdade. Claro que eles sempre botam o homem FALANDO que está nessa só pelo dinheiro – porque aí tudo se torna crível, não é mesmo? Ele não age conforme essas palavras, mas se elas foram ditas, deve ser verdade.”
Quem precisa de Azor Ahai? Manda esses dois pra lá da muralha que eles dão um jeito nos white walkers em meio episódio.
Enfim, na cena seguinte vemos Daenerys dando uma escolha aos sobreviventes Lannisters: ou se ajoelham ou morrem. Os Tarly pai e filho se recusam a se ajoelhar, então Tyrion sugere que ela os envie para a Muralha. Dany parece considerar seriamente essa possibilidade, mas o paspalho do Tarly pai diz que ela não tem autoridade para mandá-lo para lugar nenhum, o que sela o seu destino. No fim, Dany manda Drogon queimá-los vivos, o que choca o Tyrion.
Duas coisas sobre essa cena:
1) Os roteiristas estão provocando mais uma vez a teoria “Daenerys está ficando louca” ao fazê-la queimar os caras ao invés de decapitá-los. Eu continuo acreditando que Dany não está louca, mas quanto mais eles continuarem fazendo com que ela cometa atrocidades, mais difícil vai ser reverter esse quadro mais tarde.
É das cinzas dessa tragédia que levantamos para saudar o alvorecer de uma nova era, na qual leões e hienas estarão juntos em um grande e glorioso futur…ops, filme errado.
2) Acho boa a humanização que fizeram dos soldados Lannister (tanto na batalha, como nesse episódio) e dos Tarly. Sentimos alguma coisa por eles, e isso é importante, pois guerra não é para ser algo bonito. Mas me incomoda o fato de que não houve humanização nenhuma dos inimigos da Daenerys em Meereen na temporada passada. Ela também queimou pessoas lá, lembram? Por que os personagens westerosi (brancos europeus) foram humanizados e os de Essos (estrangeiros) não? Algo a se pensar.
Porto Real
Jaime chega a Porto Real e tenta convencer a Cersei de que não tem como vencer contra a Daenerys. Sua irmã-amante não está pronta para desistir, no entanto, e conta a ele que está negociando para comprar mercenários para lutar por eles. Jaime sugere um acordo, que Cersei escarnece ao sugerir que eles peçam a Tyrion que interceda pelos Lannister. Nessa hora, Jaime conta que quem matou Joffrey foi a Olenna, e Cersei fica se lamentando não tê-la matado de forma mais dolorosa.
Mesmo assim, Cersei diz que Daenerys nunca os deixaria vivos se eles se rendessem, e lembra o irmão que foi ele quem matou o pai dela pelas costas. Cersei então conclui que eles têm duas escolhas – ou lutar e morrer, ou desistir e morrer – e ela sabe qual é a dela (tive que admirar a Cersei nessa hora).
A menção do regicídio do Aerys teria sido um ótimo momento para Jaime se desenvolver como personagem e demonstrar estar enfrentando algum conflito interno em relação às ações da irmã (essa sim se assemelha muito mais ao rei louco do que Daenerys). Infelizmente, o roteiro perde mais essa oportunidade de retomar o caminho de redenção que o personagem começou a trilhar lá atrás, com Brienne.
Enfim, mais tarde, Tyrion e Davos chegam a Porto Real (leia o núcleo Pedra do Dragão, mais para frente, para entender por que isso acontece). Tyrion comenta que a última vez que esteve ali, matou o próprio pai; enquanto Davos comenta que a última vez que esteve ali, o Tyrion matou o seu filho.
Finalmente Davos lembra que teve um filho, mas infelizmente essa lembrança vem com uma leveza inadequada, na forma de um comentário passageiro. Mesmo a leveza do comentário do Tyrion é inadequada, pois matar o próprio pai foi a coisa mais terrível que aconteceu ao personagem – e aliás, não esqueçamos que ele matou Shae também naquela noite. Infelizmente, os roteiristas mais uma vez optam por não dar profundidade emocional aos seus personagens nos momentos que pedem isso. Fazer piada e ser durão (ou durona) é muito mais interessante para eles, então acabamos com personagens muito mais rasos do que suas contrapartes literárias.
Bem, se você estava ansioso para uma incursão em Porto Real cheia de riscos e perigos, deve ter ficado decepcionado. Porque Tyrion simplesmente entrou na sala dos crânios na Fortaleza Vermelha para conversar com o Jaime. O encontro, aliás, foi arranjado pelo Bronn (porque ele é onisciente, lembra? Sabe tudo, o camarada).
Tyrion começa tentando elogiar a estratégia do Jaime em Rochedo Casterly, mas o irmão não está com paciência nenhuma, e o anão muda o discurso e tenta explicar por que matou o pai. Mesmo assim, Jaime não tem paciência, e Tyrion chega onde tinha que chegar: ele propõe uma trégua, pois Daenerys tem um pedido mais urgente do que a rendição dos Lannister.
Apesar da facilidade do encontro, essa foi uma das poucas cenas que salvaram o episódio para mim. O diálogo em si não foi lá essas coisas, mas atuação dos atores foi o suficiente para encher a cena de significado.
Depois do encontro, Jaime conta a Cersei sobre o seu encontro com o Tyrion, e sobre o exército dos mortos.
What.
Ela então revela que sabia do encontro, e que deixou que ele acontecesse, porque concluiu que tem mais chances de vencer Daenerys na conversa do que no campo de batalha (dã). Mais uma vez o Tywin é mencionado – Cersei diz que é isso que o pai faria -, o que me faz pensar que alguma merda vai acontecer, e logo, para a Cersei. No fim, ela diz que eles vão derrotar qualquer coisa que os enfrentar, e revela ao Jaime que está grávida. Quando ele pergunta de quem ela vai falar que é, Cersei diz que dele mesmo, o que também pode dar merda para ela. Jaime fica todo bobo, e qualquer esperança de que ele se volte contra a irmã em breve se dissipa bem na frente dos nossos olhos.
O que dizer dessa cena? Eu ri. Eu ri muito quando Cersei anuncia que está grávida. Isso porque ano passado eu escrevi um texto Livro x Filme sobre a Cersei que conclui que os roteiristas de Game of Thrones limitaram a personagem à sua maternidade (leia o texto aqui). Isso é algo que de uma forma ou de outra os roteiristas fizeram com todas as personagens femininas que são mães, mas com Cersei isso se destacou mais porque a maternidade se tornou a sua única característica redimível.
Acontece que Cersei perdeu todos os seus filhos no fim da temporada passada. Isso significa que teríamos finalmente uma personagem cujas motivações não são definidas por sua maternidade, certo? Errado, porque adivinha só – a personagem está grávida novamente! Será que os roteiristas simplesmente não conseguem escrever uma Cersei que não é mãe?
Enfim, para além dessas questões, é de se pensar o que vai acontecer daqui para frente. Estaria Cersei mentindo ao irmão para mantê-lo ao seu lado? Seria estranho, dado que Jaime não está dando sinais de que abandonará a irmã. Além disso, de acordo com a profecia da Maggy, Cersei só teria três filhos. Ou os roteiristas decidiram fingir que essa profecia nunca aconteceu, ou então Cersei não sobreviverá ao nascimento desse filho. Talvez ele seja o valonqar – o “irmão mais novo” – que a mata? Veremos.
Bom, enquanto isso, Davos passeia pela cidade a procura de quem? Sim, ele mesmo: Gendry. No fim das contas, o ferreiro voltou exatamente para o lugar de onde fugiu e passou anos produzindo armas para os Lannister – a família que matou o seu pai. Ele já está de saco cheio, no entanto, e diz que vai partir com o Davos antes mesmo de ser convidado. Quando Davos pergunta se ele sabe manejar uma espada, Gendry diz que não e pega um martelo de guerra da parede (a arma que o Robert usava em batalha). Alguns momentos mais tarde, Gendry demonstra o que sabe fazer com o martelo, quando dois guardas tentam impedi-los de partir de Porto Real. No fim, Tyrion, Davos e Gendry partem de volta para Pedra do Dragão.
Essa cena toda é bi-zar-ra. É como se Gendry fosse outro personagem. Ele fala de Robert como se fosse um pai que ele conheceu e cuja morte ele deveria vingar, e está num estado de resolução que chega a ser assustador de tão inabalável. Tudo soa muito surreal. A única parte mais bacaninha é o Davos fazendo papel de contrabandista fanfarrão e tentando enganar os guardas.
Pedra do Dragão
Depois de queimar os Tarly, Dany volta a Pedra do Dragão montada em Drogon e pousa bem na frente do Jon Snow. De cara, parece que o dragão vai atacá-lo, mas Jon se mantém firme e se aproxima lentamente para que Drogon possa lhe dar um bom cheiro. Lentamente o dragão se acalma o suficiente para que Jon posso acariciá-lo, enquanto Daenerys observa a cena perplexa.
Ela desce de Drogon, que sai voando, e puxa papo com o Jon sobre a beleza de seus dragões. Ele lhe pergunta sobre a batalha e ela diz que agora tem menos inimigos do que tinha antes. Jon é reticente em relação a isso, e Daenerys o relembra que guerras são assim mesmo, e pergunta quantas pessoas morreram na batalha contra os Bolton.
Está tudo muito bom, mas de repente a conversa dá uma guinada interessantíssima quando Dany pergunta a Jon o que o Davos quis dizer quando falou que Jon levou uma facada no coração por seu povo. Infelizmente, quando ele está prestes a responder, ninguém menos que sor Jorah aparece. Dany fica feliz de ver o cavaleiro e pergunta se ele está curado antes de abraçá-lo. Jon observa a cena sombriamente.
Vou negando as aparências, disfarçando as evidências, mas pra que viver fingindo, se eu não posso enganar meu coraçãoooooo
No geral, eu achei a cena do dragão com o Jon meio sem contexto – parece que foi jogada ali só para nos dar mais uma dica de quem ele realmente é filho (spoiler alert para quem ainda não se atentou: Rhaegar Targaryen). E sobre o restante, só espero que sor Jorah tenha sobrevivido para fazer algo mais relevante do que causar ciuminho no Jon Snow, porque senão vai ter textão revoltado só sobre esse arco, eu juro.
Bom, enquanto isso, Tyrion e Varys conversam sobre Daenerys como se ela fosse a Regina George e não estivesse deixando eles sentarem com ela no refeitório.
Tyrion está assustado com a rainha e reitera que ela não é o pai, ao que Varys conclui que não é, desde que tenha bons conselheiros. Em suma, os dois concluem que é preciso intensificar o mansplaining para controlá-la. O engraçado é que Daenerys se virou muito bem obrigado sem Tyrion ou Varys ao longo de seis temporadas. Vejamos…
Não, aqui eles não estavam.
Humm, aqui também não.
Ops, será…não, é um Imaculado.
Aqui também não, porque estavam ignorando os conselhos da Missandei e do Verme Cinzento e fazendo besteira em Meereen.
Além disso, não é como se os conselhos dos dois fosse assim tão preciosos. Varys trouxe Dorne e Jardim de Cima para a causa, é verdade, mas aí o Tyrion foi lá e perdeu os dois com um plano duvidoso. O problema não é os personagens errarem, mas sim o fato de a narrativa não reconhecer esses erros e fazer com que a gente fique do lado do Tyrion e o veja como a voz da razão (em oposição a Daenerys, a doidona que queima pessoas). Aliás, falando em planos duvidosos, vem dele também outra pérola de estratégia que é acatada por Daenerys…
Ok, chegou a hora de falar daquele plano estúpido, respira fundo.
Certo, o Jon recebe um corvo de Winterfell contando que Bran e Arya estão vivos e que Bran viu o exército do rei da noite se aproximando de Atalaialeste. Ele fala a Daenerys que quer ir para casa e precisa da ajuda dela, mas Dany não quer abandonar o lugar e entregá-lo de bandeja para a Cersei. Então Tyrion, o mestre da estratégia, sugere que eles mostrem o perigo a Cersei, para que eles suspendam as inimizades e se unam contra o inimigo em comum. A ideia é levar um zumbi do exército do rei da noite para Porto Real, para provar que eles existem.
Está quase no fim, você consegue.
Varys diz que Cersei nunca os encontraria ou deixaria que eles saíssem de Porto Real com vida, e Tyrion sugere falar com Jaime. Davos concorda em contrabandeá-lo para Porto Real para falar com o irmão, e se Jorah se oferece para ir buscar o morto para lá da muralha. Jon voluntaria o povo livre para a empreitada e diz que vai também, porque eles não seguiriam o Jorah. Dany fica abalada com a partida de Jon Snow e tenta impedi-lo, mas ele diz que não precisa de sua autorização para partir. Ele pede que ela confie nele, assim como ele confiou nela. Ela concorda (não sem antes ter um olhar de confirmação do Tyrion, o que, eu vou ser sincera, é meio enfurecedor).
Então o plano é: ir para o norte, escolher um zumbi do exército dos mortos e levá-lo para Porto Real para mostrar para Cersei e rezar para que ela fale “poxa, isso aí é perigoso mesmo, vamos nos dar as mãos e lutar contra esse tal exército”.
Isso é sério?
Descrença a parte (porque sinceramente, é capaz que o plano ainda dê certo, por mais estúpido que seja), esse plano é uma adaptação de algo que acontece lá nos primeiros livros, se não me engano, quando o Jeor Mormont manda alguém da Patrulha para Porto Real com uma mão viva de um zumbi para convencer o rei a enviar homens para a Muralha. Basta dizer que nos livros isso não dá certo. (Não me lembro se isso acontece na série – se alguém lembrar, deixa lá nos comentários!).
Outra coisa bizarra nessa cena é a reação do Jon com a notícia de que a Arya e o Bran estão vivos e em casa. Eu entenderia se ele ficasse chocado, mas na verdade ele parece puto da vida. E não pensa nisso mais de dois segundos antes de falar sobre o exército dos mortos. Eu até me sinto idiota por ter ficado na expectativa pelo reencontro entre Jon e Arya, porque na real parece que ele não está nem aí. Parece que é mais um daqueles momentos em que os roteiristas escolhem fazer do personagem fodão ao invés de trabalhar o seu desenvolvimento emocional, o que já está ficando bem cansativo.
Enfim, mais tarde, Davos apresenta Jon a Gendry, que logo de cara se apresenta como filho do Robert e já quer ser melhor amigo do Jon por isso. De novo, Gendry parece estar numa hype monstruosa, louco para ir para o norte caçar zumbis como se fosse a balada mais foda do século. Juro, o que aconteceu com o Gendry ao longo de todos esses anos? Eu queria muito algo que explicasse esse comportamento, mas acho que não teremos explicação nenhuma.
Bom, no fim, ele vai junto com Jon, Jorah e Davos, que se despedem de Dany e seguem para o norte. Dany se despede de Jon com pesar.
Eu tenho medo de te dar meu coração, e confessar que eu estou em tuas mãos, mas não posso imaginar o que vai ser de mim, se eu te perder um diaaaa
Winterfell
Em Winterfell, Bran warga alguns corvos e vê o exército dos mortos para lá da Muralha. É interessante, porque no momento em que o Rei na Noite olha para os corvos, o Bran sai do transe e, levemente assustado, fala ao meistre Wolkan que é preciso enviar corvos para avisar o restante de Westeros. Isso pode significar que o Rei da Noite tem algum poder sobre o Bran, mesmo a milhares de quilômetros de distância.
No grande salão, os lordes do Vale e do Norte estão impacientes e se arrependem de terem eleito Jon o Rei do Norte. Eles dizem isso para Sansa, que os ouve, mas responde graciosamente que Jon é o rei deles e está fazendo o que acha melhor. Arya observa a cena.
Andando pelos corredores, Sansa se queixa para Arya que avisou Jon que isso aconteceria, mas Arya parece que se inscreveu no fã clube do Jon Snow e praticamente diz que Sansa tem que se virar, porque é isso que Jon pediu dela. Elas entram no quarto da Sansa, e Arya comenta o fato de que aquele era o quarto dos pais delas. Sansa percebe que a irmã está incomodada e a confronta, ao que Arya diz que Sansa sempre gostou de coisas finas, porque elas a faziam se sentir melhor do que todo mundo. Sansa deixa passar e pergunta se a irmã está brava com ela. Arya responde que Sansa deixou que os lordes falassem mal do Jon (é sério isso, jezuis?). Muito pacientemente, Sansa explica que não pode ofendê-los, porque senão perde os exércitos, e Arya sugere decapitá-los. Ainda assim Sansa não perde a paciência, e explica que eles conquistaram Winterfell de volta com a ajuda desses lordes e que eles precisam trabalhar em equipe. Arya então sugere que Sansa não quer ofendê-los porque precisa ter boas relações caso o Jon não retorne, e que isso seria algo que Sansa deseja. Sansa fica incomodada e diz que tem trabalho a fazer, ao que Arya sai do quarto chamando-a de “my lady” e esboçando um sorrisinho psicopata no rosto.
Olha, eu não sei nem por onde começar. Por algum motivo os roteiristas resolveram ignorar que se passaram sete anos desde que essas duas irmãs se odiavam, e que as duas cresceram e passaram por uma jornada muito similar de dor e amadurecimento – coisa que deveria, inclusive, aproximá-las. Além disso, por qual motivo Arya está agindo como uma cretina sem cérebro? Eu pensei que a personagem deveria ser esperta? Eu mesma nunca fui super fã da Sansa, mas entre o plano do Tyrion e do Jon, e o sorrisinho de psicopata da Arya-Vamos-Decapitar-Nossos-Aliados, eu acho que ela deve ser a única personagem com algum cérebro funcionando na série no momento. Aliás, eu não comentei nada mais profundamente na semana passada, mas fiquei com a sensação de que Arya já chegou em Winterfell antagonizando não só a Sansa, mas também a Brienne. A confirmação desse sentimento em relação a Sansa nesse episódio só me traz preocupações.
A petulância do cavalo.
Enfim, na última sequêcia em Winterfell, Arya espiona Mindinho lidando com várias pessoas em Winterfell, desde uma serva, até os lordes nortenhos. Mais tarde, ela observa enquanto o meistre Wolkan entrega um papel a Mindinho, e ele agradece em nome da Sansa. Arya entra no quarto dele escondida e encontra o papel, que é nada menos que uma carta que Sansa foi forçada a escrever quando era refém dos Lannister, falando que Ned era um traidor e pedindo que Robb dobrasse o joelho a Joffrey. Quando Arya sai do quarto, vemos que Arya fez exatamente o que Mindinho queria, porque ele observa de um nicho escuro na parede como se fosse a própria Malévola.
Sai demônio.
Fica a esperança agora. Será que as irmãs armaram para cima do Mindinho, ou que a Arya vai cair nessa e tentar machucar a irmã? Será que no fim elas vão se unir contra ele? Será que o Bran vai fazer alguma coisa que preste? Eu não sei mais nada.
Cidadela
Na Cidadela, Sam escuta quando os arquimeistres discutem a carta de Winterfell avisando sobre o exército dos mortos e a descartam, com descrença. Ele tenta convencê-los a preparar Westeros para a Longa Noite, dizendo que conheceu Bran, mas os arquimeistres acham que aquilo é apenas um plano da Daenerys para conquistar os sete reinos mais facilmente. No fim, Sam é dispensado.
Mais tarde, Sam está estudando quando Gilly começa a comentar sobre curiosidades em um diário de um septão que está lendo. Ela pergunta o que significa “anulação”, e conta que o tal septão registrou que fez a anulação de casamento de um tal de Reegar, e o casou com outra mulher logo depois, em uma cerimônia secreta em Dorne. Ao invés de prestar atenção nessa informação bombástica, Sam começa a reclamar da morosidade e ceticismo dos meistres, pega as tralha, e vai embora da Cidadela com a Gilly e o bebê.
Ele tá brabo ele.
Já na carruagem, quando Gilly lhe pergunta se ele tem certeza que quer ir embora, Sam diz que está “cansado de ler sobre os feitos de outros homens”.
Então Sam, que era para ser o cara que ia descobrir algo muito importante sobre os caminhantes brancos durante o seu treinamento para se tornar meistre, decide que ficar estudando é uma bobagem e parte de lá para…sei lá, provavelmente usar aquela espada bonita que ele roubou do pai. Oi, masculinidade tóxica, você aqui de novo em Game of Thrones? Que surpresa.
Ao que tudo indica, o único motivo pelo qual o Sam foi levado até a Cidadela foi para curar o sor Jorah de escamagris e para descobrir que o Jon é filho legítimo do Rhaegar Targaryen. Ok, essa é uma informação importantíssima, mas o jeito que foi descoberta é de cair o c*…Como ninguém nunca viu esse pergaminho? Precisou o Sam baixar lá com uma Gilly que acabou de aprender a ler para que essa informação ressurgisse magicamente. Está tudo muito fácil, muito conveniente, e isso me irrita.
Atalaialeste
E a última das irritações do episódio acontece quando Jon e equipe simplesmente chegam em Atalaialeste sem nem mesmo se preocupar em passar por Winterfell para…oh, não sei, buscar os conselhos dos vassalos? Pelo menos avisá-los que o seu rei resolveu partir em uma missão suicida para além da muralha? Dar um oi para dois irmãos muito queridos que todo mundo pensou que estavam mortos?
Mas isso não seria Foda™ , então o que acontece é que eles passam mesmo reto por Winterfell e vão dizer ao Tormund que ele está convocado a ir se suicidar para lá da Muralha. Felizmente, Tormund identifica que o plano é estúpido, mas concorda em ir mesmo assim, porque ele se inscreveu no fã clube do Jon Snow junto com a Arya. Curiosamente, ele diz que Jon não é o único a querer ir para lá da Muralha e apresenta a galera a ninguém menos que o grupo do Beric Dondarrion, que está preso numa cela junto com o Thoros e o Cão.
Por-que-eles-estão-presos?
Rola aquele climão, porque o Gendry odeia o Beric, o Tormund odeia o Jorah e o Jon odeia todo mundo, mas no fim todos concordam que estão todos juntos contra o mesmo inimigo. O episódio encerra com a galere atravessando a Muralha e andando rumo a uma tempestade de neve.
E assim eu encerro, com a expectativa lá na lua para o próximo episódio, porque é bom que seja muito foda mesmo para compensar os disparates desse episódio.
Leia também Game of Thrones T07E04 – Reencontros, Aproximações e muito Fogo e Sangue.
Amanda
August 17, 2017 @ 12:06 am
que texto maravilhoso! dá até pra sentir um pouquinho de culpa, porque fico feliz pelo episódio ter sido tão ruim, já que os piores episódios dão ensejo aos melhores textos 😉
obrigada pela menção!
olha… não vejo muita esperança para got. acho que a única forma de aguentar a partir de agora é dando uma desligada no cérebro até o season finale, que promete ser bombástico, e depois repetir a estratégia na última temporada.
Obs. uma amiga me lembrou outro fato sobre o bronn: A SÉRIE JUSTIFICA a “lealdade” dele ao fato de ele ter sido prometido a uma moça que não era a primeira na linha de sucessão para herdar o castelo. no livro, isso também foi um problema para ele. e ele resolveu esse problema – mas resolveu no estilo bronn-do-livro. vocês conseguem imaginar como.
Lara Vascouto
August 17, 2017 @ 2:08 pm
Hahaha, compartilho do seu sentimento, Amanda! É mais divertido escrever quando o episódio é ruim. Espero realmente que o final da temporada seja muito bombástico, porque a essa altura do campeonato, eu já desisti mesmo de esperar que os personagens se desenvolvam.
Boa lembrança sobre o Bronn, aliás! Terrível o que ele faz nos livros. :/ E eu que agradeço a sua contribuição!
Raquel
August 17, 2017 @ 2:41 am
Maravilhoso texto!! Colocou em palavras tudo que eu senti assistindo esse caos de episódio. O que nos resta é esperar o lançamento dos próximos livros.
Lara Vascouto
August 17, 2017 @ 2:05 pm
Com certeza, Raquel! Obrigada pelo comentário! 😀
aNA CLÁUDIA
August 17, 2017 @ 3:30 am
Eu tô adorando ler suas resenhas, mulher! Eu não assisto a série, apenas li os livros, e agora com os seus reviews, eu me poupo de ver esse desastre. Acho muito legal você apontando as incoerências de forma consistente, e adoro quando você cita fatos do livro, porque refresca minha memória (eu terminei de ler em 2014, faz um tempo já).
E “a petulância do cavalo” me fez rir demais aaaaaaaaaaa torcendo aqui pra arya e sansa se unirem contra o mindinho. Qual o plano dele, afinal? Fazer as duas se matarem para que ele possa assumir algum tipo de liderança? não entendi um pouco direito.
Ah, outra pergunta, por que você não gosta da Sansa? Vou te contar que ela e a cersei eram os capítulos que eu mais gostava de ler. A sansa especialmente, ela é tão bem construída! Eu adoro isso nela. Eu não era muiito fã da Arya, o fato dela ser foda™ não me atraía muito, eu gosto do tipo de foda™ da Dany, por exemplo. Mas gosto de todas. É uma pena que a série não saiba dar a grandeza que essas personagens femininas têm nos livros. De longe, são as mais importantes (tá que a Cersei se f*deu no último livro, mas…). Personagem masculino grande, que eu me lembre, só o Jon. Amo o Tyrion, lógico, mas ele não está no mesmo patamar das demais. Todos com suas devidas importâncias pro selamento do enredo. Enfim, espero continuar lendo mais resenhas suas! Ansiosa para as leituras de quarta!
Lara Vascouto
August 17, 2017 @ 2:03 pm
Que bom que está gostando, Ana! Olha, o plano do Mindinho – se é que ele tem um – é um completo mistério. Das duas uma: ou ele quer colocar alguém no poder que ele possa controlar, ou ele está trabalhando escondido pra Cersei. Eu gosto dessa teoria e acho que faria bastante sentido até.
Sobre a Sansa, eu gosto muito dela, e concordo que é uma das personagens mais complexas e bem construídas! Só não sou suuuper fã. Acho que gosto mais de outros personagens. O engraçado é que nos livros, os personagens masculinos de maior destaque são aqueles que não aderem realmente a ideais tóxicos de masculinidade – coisa que se perdeu totalmente na série. 🙁
Alexandre
August 17, 2017 @ 3:54 am
Depois de ver os dois últimos episódios e o seu texto, a minha conclusão é: Game of Thrones pode ser resumido em puro fanservice e estereótipos. Uma morte cruel para a série que me apresentou os livros.
Enfim, parabéns pelo texto! ele me ajudou a identificar alguns problemas que eu não tinha reparado ao assistir o seriado. Para mim, é difícil perceber o comportamento ‘machão sem sentimentos’ dos personagens masculinos.
Lara Vascouto
August 17, 2017 @ 2:04 pm
Que bom que está ajudando, Alexandre! Obrigada pelo comentário! 🙂
Veronica Costa
August 17, 2017 @ 1:25 pm
assisti o episódio pensando na sua resenha!
Meu deus que ódio do que estão fazendo com a Sansa e a arya, eu enxergo isso apenas para dar uma função ao Mindinho, o que me traz um questionamento – a arya não hesitou em matar nenhuma das pessoas de sua lista, pelo contrário, ficou até triste por não ter chegado a tempo de matar alguns deles, então por que raios o mindinho ainda está vivo?
Eu estou ficando muito preocupada com o que vão fazer com os episódios restantes…
Lara Vascouto
August 17, 2017 @ 2:04 pm
Somos duas, Veronica! Eu realmente espero que elas ainda acabem se unindo contra ele. Mas sabe, precisava disso? Muito frustrante. :/
Isabella de paiva
August 17, 2017 @ 5:54 pm
Menina,adorei a resenha, não sabia que vcs faziam isso!!! Amando, lerei todas.
Só tô comentando que esse plano de levar o morto vivo pra porto real rolou na série também, lá na primeira temporada.
Quando mormont da a espada pro Jon (que salvou ele enquanto estava de castigo por ter ameaçado o allister quando este foi falar mal do Ned recém preso por traição), ele comenta que ia deixar Jon longe do allister uma vez que este foi mandado para porto real com a mão do morto, que por sinal se desfarelou quando chegou em porto real (inclusive sor allister põe a culpa disso na demora na viagem). Aliás, o tyrion que recebeu ele (quando ocupava o cargo de mao) inclusive o Janos (o que traiu Ned e tyrion manda para patrulha, o que o Jon decapitou na quinta) vai para patrulha na volta com allister…
Ou seja, plano tosco já efetuado e que não deu certo pela distância rs
Se bem que agora com o teletransporte dê.
Lara Vascouto
August 18, 2017 @ 6:19 pm
Hahahaha! Adoro que os caras estão reciclando tramas da primeira temporada. O pior é que eu também to achando que o plano vai dar certo mesmo. :/
Marlucy Castor da Silva
August 17, 2017 @ 6:55 pm
as legendas nas imagens: GZUZHAHHAHAHHAHAHAAHA
Andressa
August 18, 2017 @ 4:12 am
A coisa que mais gosto das tuas análises, além do bom humor, é o fato de não ir no que só pode ser um efeito manada de elogios infinitos à série. Peço perdão antecipado por esse texto imenso, espero não te atrapalhar, mas precisava desabafar XD.
Há muito tempo não vejo Got como uma boa adaptação, as soluções fáceis, a perda da essência e personagens cada vez mais unidimensionais não deixam, maaas, a série ainda tem muitas qualidades técnicas, um elenco em grande parte muito competente, que por vezes faz milagres com o texto, um ou outro momento inspirado e o apelo de mostrar em live action algumas respostas e cenas dos livros, mesmo que de maneira canhestra.
Adorei o diálogo de Sansa para Arya – e para o público- de sua importância como Lady e escolhi acreditar que a frase “não tão excitante quanto cortar cabeças” foi irônica (eu gosto de me enganar). Ri alto dos lordes falando que deveriam ter coroado ela e só consegui pensar na cara do povo que tentava justificar Jon Rei do Norte dizendo que eles não aceitariam uma mulher, o argumento já era ridículo antes, quando na própria cena de coroação Lyanna pisava em todo mundo sem nenhuma consequência. O machismo/patriarcado do universo de Got é tão consistente quanto os ferimentos em batalha, só surge quando precisa e some quando atrapalha a cena. Gargalhei do plano do Mindinho, que depende que todos sejam estúpidos e nunca digam que a carta veio de suas mãos ou lembrem que Sansa era um refém, que morte horrível Petyr, virou uma caricatura de si mesmo, quase pude ver ele coçando o bigode e rindo malignamente no melhor estilo vilão da Pantera cor de rosa. Apenas sensacional como ele SEMPRE SABE TUDO O QUE VAI ACONTECER E EXATAMENTE TUDO QUE TODOS FARÃO, mas aparentemente não está preocupado com a possibilidade de onisciência do Bran, mas tenho certeza que vai funcionar. Arya cada dia mais irritante e psicótica e a direção que dão pra Maisie não ajuda, a garota tá parecendo uma criança arrogante e mimada. A que cena com Bran os corvos e o Rei da noite foi linda, pra mim a única coisa que valeu nesse núcleo.
Sobre Gendry, Eu gosto de Gendry e gosto de Davos e a essa altura eu me resignei e tô aceitando o que me dão, e se me dão Gendry e Davos eu fico feliz. Achei bonitinho e hipnótico Davos apresentando seu novo filhinho adotivo ao seu antigo filhinho adotivo e os dois virando bffs. Abro espaço aqui pra fazer minha primeira grande aposta do bolão “O final da fanfic”: se Gendry não morrer ele será legitimado, vai ganhar Ponta tempestade embrulhada num laço gigante, casar com a Arya e refazer a casa Baratheon, assim finalmente teremos o Robert “que deu certo” Gendry, casando com a Lyanna “que deu certo” Arya, irmã do Ned “que deu certo ” Jon. Infelizmente isso não foi irônico e acho mesmo que é o que vai acontecer. Aparentemente juntaram o personagem com o Edrick, não? Aquele bastardo mais novo que adorava o Robert.
Sobre a legitimação de Jon através da anulação do casamento da realeza que ninguém nunca soube e nunca se importou, pra não passar nervoso, prefiro não ligar, e aparentemente a série também, já que jogaram lá de qualquer jeito. Assim como também nem ligo pro plano genial de levar um caminhante branco mesmo sabendo que eles não podem passar pela muralha depois de transformados. Mas as cenas finais em Atalaia foram divertidas pra mim e o corte final bem bonito.
Mas vamos ao Sam Ex-Machina e o primeiro motivo pelo qual os Tarlys foram queimados e minha segunda aposta no bolão da fanfic, Sam vai virar Lorde Tarly e senhor da Campina e ter uma vida feliz com a esposa e todos os filhinhos que vieram e virão. Mas e o juramento da patrulha vocês me perguntam? Quem Liga? Eu lhes respondo. Primeiro que ninguém dá a mínima pra desertores nesse universo, (Sam com os meistres, Jon que ninguém questiona, Arya e a liga dos assassinos) e segundo vem minha terceira aposta do bolão: a muralha cai e pela lógica simplista da série isso acaba com a patrulha e isenta todos de seu juramento eterno.
E agora um adendo, o segundo motivo pelo qual os Tarlys foram torrados: insinuar para o público que Dany está sendo radical. Aqui gostaria de levantar um ponto, justamente algo que tu questiona no texto, não sobre furos de roteiro ou soluções fáceis, mas sobre construção narrativa pura e simples. No episódio anterior Dany fala que seu exército precisa ser alimentado, duas cenas depois Jaime diz que estão levando as provisões do saque de Jardim de Cima, até aí tudo bem, tudo ok, mas então Dany aparece e taca fogo propositalmente nos suprimentos, o que foi reforçado por Jaime nesse episódio. Por que? Qual a lógica narrativa de apresentar que ela precisa daqueles suprimentos pra faze-la queimar tudo? Pra que incluir essa linha? E essa tensão sobre uma possível loucura tá sendo igual, me falando uma coisa e me mostrando outra. Pra que personagens falando que ela está cada vez mais parecida com o pai se ela não age assim? Dany não dá dois passos sem consultar outras opiniões, chega a ser irritante, deu a Tarly todas as opções, e só o matou quando ele recusou tudo, queimá-los foi cruel, mas estamos falando de uma execução em tempos de guerra, onde ela precisa se mostrar terrível e intimidadora até para evitar futuras traições, e de alguém que tem dragões como arma se espera que eles sejam usados. O próprio Tarly traiu seus lordes para seguir uma rainha usurpadora que botou fogo em plebeus, sua sentença seria mesmo a morte e Dany foi até boazinha em dar opções. Colocar Tyrion, outro incendiário, levantando esses mesmos pontos enquanto deixa no ar que ela pode estar passando dos limites é patético e só fica parecendo uma tentativa de gerar uma ilusão de profundidade e conflito que não existe e provavelmente não será desenvolvido. A coisa fica ainda pior quando se faz um paralelo com Cersei, ninguém questiona na série a sanidade de Cersei, pelo contrário, há diálogos elogiando sua competência e a tratam como a mais racional das criaturas. Só que não é o que se mostra, Cersei está abertamente tendo um relacionamento com o irmão o que comprova os rumores que seus filhos eram bastardos usurpadores da coroa, queimou a população e a corte, acabou com o maior símbolo religioso e seu principal representante que era extremamente popular, transformou um homem não confiável e de péssima reputação em Mão do rei, anda por aí com um zumbi, some com prisioneiros de guerra que deveriam ter execuções e julgamentos públicos e insiste num conflito perdido que consome recursos mesmo com a chegada do inverno.
Enfim, quando ligo o módulo fanfic a série me diverte, mas os fãs religiosos que me perdoem, a qualidade narrativa de Got está cada vez mais rasteira e dependente das teorias mirabolantes do público pra justificar suas decisões criativas.
Lara Vascouto
August 18, 2017 @ 6:24 pm
Adorei seu comentário inteiro, Andressa, obrigada! Realmente, tem que assistir GoT no modo fanfic ultimamente, o que não deixa de ser mesmo, né. ahahahah! Pelo menos a gente se diverte discutindo os disparates. XD
Yasmim
August 18, 2017 @ 12:01 pm
doida pelos comentários do próximo episódio! <<3
Lara Vascouto
August 18, 2017 @ 6:24 pm
Provavelmente só vai sair na quarta que vem, Yasmin, mas vou me esforçar pra conseguir terminar antes. 🙂
Dan
August 18, 2017 @ 6:37 pm
“Quando Arya sai do quarto, vemos que Arya fez exatamente o que Mindinho queria, porque ele observa de um nicho escuro na parede como se fosse a própria Malévola.”
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK RI ALTO.
Ju
August 19, 2017 @ 2:38 am
Pior do que isso é Jon ter ficado extraindo o vidro de dragão pra depois não fazer armas com ele!
Lara Vascouto
August 24, 2017 @ 1:55 pm
Nem me fale! :/
Priih
August 24, 2017 @ 4:35 pm
Oie!
Esqueci de comentar semana passada, mas cá estou.
Eu tava amando a temporada até esses dois últimos episódios. NUNCA VOU PERDOAR O PLANO MAIS BURRO DA HISTÓRIA!!!
E sobre a Arya: que bitch, sério. Não aguento mais essa personagem, que não evoluiu em NADA. Só Sansa na causa mesmo nesse momento, porque realmente é a única pessoa sensata nessa série atualmente.
Beijos,
Priih
Lara Vascouto
August 25, 2017 @ 11:27 am
Tá muito difícil gostar da Arya nessa temporada mesmo. 🙁