40+ Livros sobre Mulheres Reais que Você Precisa Conhecer
Uma lista de livros sobre mulheres reais que nos fornecem uma visão inestimável da realidade feminina ao redor do mundo e em diferentes momentos da História.
Assim como acontece na mídia, a discrepância entre as histórias reais masculinas e femininas que são contadas e exaltadas na literatura ainda é grande, e os avanços são lentos. E isso não porque não existem tantas mulheres notáveis quanto homens, mas porque historicamente mulheres são empurradas para segundo plano.
Pensando nisso, reunimos uma lista de livros sobre mulheres reais que nos fornece uma visão inestimável da realidade feminina ao redor do mundo. Começamos com pouco mais de 20 títulos, mas ela é colaborativa e será editada regularmente para incluir novos livros – deixe suas sugestões nos comentários!
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Memórias de Uma Moça Bem-comportada (Simone de Beauvoir)
Sinopse: Em Memórias de uma moça bem-comportada, conhecemos a infância e a juventude de uma das maiores escritoras do século XX, Simone de Beauvoir. Dona de um espírito inconformado e autêntico, Simone nos mostra nesse primeiro relato autobiográfico a sua infância religiosa, a consequente descrença e a posterior devoção à literatura. O livro traz também o início de seu duradouro relacionamento com o escritor e filósofo existencialista Jean-Paul Sartre. Temos aqui uma das memórias mais adoráveis da literatura mundial.
Quarto de Despejo. Diário de Uma Favelada (Carolina de Jesus)
Sinopse: O diário da catadora de papel Carolina Maria de Jesus deu origem à este livro, que relata o cotidiano triste e cruel da vida na favela. A linguagem simples, mas contundente, comove o leitor pelo realismo e pelo olhar sensível na hora de contar o que viu, viveu e sentiu nos anos em que morou na comunidade do Canindé, em São Paulo, com três filhos.
Eu sou Malala. A História da Garota que Defendeu o Direito à Educação e Foi Baleada Pelo Talibã (Malala Yousafzai)
Sinopse: Quando o Talibã tomou controle do vale do Swat, uma menina levantou a voz. Malala Yousafzai recusou-se a permanecer em silêncio e lutou pelo seu direito à educação. Mas em 9 de outubro de 2012, uma terça-feira, ela quase pagou o preço com a vida. Eu sou Malala é a história de uma família exilada pelo terrorismo global, da luta pelo direito à educação feminina e dos obstáculos à valorização da mulher em uma sociedade que valoriza filhos homens. O livro acompanha a infância da garota no Paquistão, os primeiros anos de vida escolar, as asperezas da vida numa região marcada pela desigualdade social, as belezas do deserto e as trevas da vida sob o Talibã. Escrito em parceria com a jornalista britânica Christina Lamb, este livro é uma janela para a singularidade poderosa de uma menina cheia de brio e talento, mas também para um universo religioso e cultural cheio de interdições e particularidades, muitas vezes incompreendido pelo Ocidente.
Histórias de Ninar Para Garotas Rebeldes (Elena Favilli e Francesca Cavallo)
Sinopse: Um livro com 100 histórias sobre a vida de 100 mulheres extraordinárias do passado e do presente, ilustradas por 60 artistas mulheres do mundo inteiro. O projeto foi pensado por Elena Favilli e Francesca Cavallo, cofundadoras da empresa de mídia infantil Timbuktu Labs, nos Estados Unidos. O livro conta as histórias que vão de Frida Kahlo, passando por Elizabeth I, até Serena Williams e Maya Gabeira; todas ilustradas por artistas do mundo todo. Em Histórias de ninar para garotas rebeldes, tudo o que podemos sentir é esperança e entusiasmo pelo mundo que estamos construindo. Um mundo onde gênero não defina quão alto você pode sonhar nem quão longe você pode ir.
Histórias de Ninar Para Garotas Rebeldes 2
Sinopse: O livro que encantou leitores de todo o mundo está de volta com novas fábulas da vida real. Histórias de ninar para garotas rebeldes 2 celebra mais 100 mulheres extraordinárias, da jogadora Marta à cantara Beyoncé, da revolucionária Anita Garibaldi à escritora J. K. Rowling. Rainhas e ativistas, bailarinas e advogadas, piratas e cientistas, astronautas e inventoras – experiências de vida incríveis que vão inspirar a construção de um mundo melhor.
Extraordinárias
Sinopse: Dandara foi uma guerreira negra fundamental para o Quilombo dos Palmares. Bertha Lutz foi a maior representante do movimento sufragista no Brasil. Maria da Penha ficou paraplégica e por pouco não perdeu a vida, mas sua luta resultou na principal lei contra a violência doméstica do país. Essas e muitas outras brasileiras impactaram a nossa história e, indiretamente, a nossa vida, mas raramente aparecem nos livros. Este volume, resultado de uma extensa pesquisa, chega para trazer o reconhecimento que elas merecem. Aqui, você vai encontrar perfis de revolucionárias de etnias e regiões variadas, que viveram desde o século XVI até a atualidade, e conhecer os retratos de cada uma delas, feitos por artistas brasileiras. O que todas essas mulheres têm em comum? A força extraordinária para lutar por seus ideais e transformar o Brasil.
Infiel (Ayaan Hirsi Ali)
Sinopse: Em novembro de 2004, o cineasta Theo van Gogh foi morto a tiros em Amsterdã por um marroquino, que em seguida o degolou e lhe cravou no peito uma carta em que anunciava sua próxima vítima: Ayaan Hirsi Ali, que fizera ao lado de Theo o filme Submissão, sobre a situação da mulher muçulmana. E assim essa jovem exilada somali, eleita deputada do parlamento holandês e conhecida na Holanda por sua luta pelos direitos da mulher muçulmana e por suas críticas ao fundamentalismo islâmico, tornou-se famosa mundialmente. No ano seguinte, a revista Time a incluiu entre as cem pessoas mais influentes do mundo. Como foi possível para uma mulher nascida em um dos países mais miseráveis e dilacerados da África chegar a essa notoriedade no Ocidente?
Em Infiel , sua autobiografia precoce, Ayaan, aos 37 anos, narra a impressionante trajetória de sua vida, desde a infância tradicional muçulmana na Somália, até o despertar intelectual na Holanda e a existência cercada de guarda-costas no Ocidente.
A Guerra não tem Rosto de Mulher (Svetlana Aleksiévitch)
Sinopse: A história das guerras costuma ser contada sob o ponto de vista masculino: soldados e generais, algozes e libertadores. Trata-se, porém, de um equívoco e de uma injustiça. Se em muitos conflitos as mulheres ficaram na retaguarda, em outros estiveram na linha de frente. É esse capítulo de bravura feminina que Svetlana Aleksiévitch reconstrói neste livro absolutamente apaixonante e forte. Quase um milhão de mulheres lutaram no Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial, mas a sua história nunca foi contada. Svetlana Alexiévitch deixa que as vozes dessas mulheres ressoem de forma angustiante e arrebatadora, em memórias que evocam frio, fome, violência sexual e a sombra onipresente da morte.
A Vida Imortal Henrietta Lacks (Rebecca Skloot)
Sinopse: Seu nome de batismo era Loretta Pleasant, e ninguém sabe como se tornou Henrietta. Ela era descendente de escravos e nasceu em 1920, numa fazenda de tabaco no interior da Virgínia. Aos trinta anos, mãe de cinco filhos, Henrietta descobriu que tinha câncer. Em poucos meses, um pequeno tumor no colo do útero se espalhou por seu corpo. Ela perdeu rapidamente o vigor, convertendo-se num “espécime miserável”, nas palavras impiedosas do prontuário médico do Hospital Johns Hopkins, onde se tratava e onde veio a falecer, em 1951.
Mais tarde, o surgimento de uma bilionária indústria de medicamentos sintéticos e as fabulosas cifras atualmente envolvidas em pesquisa genética devem-se em grande medida à comercialização das células de Henrietta. Apesar disso, os responsáveis jamais deram informações adequadas à família da doadora e tampouco ofereceram qualquer compensação moral ou financeira pela massiva utilização das células. Rebecca Skloot tenta reverter esse quadro, compondo um comovente relato da vida e da morte da mulher negra e humilde cujo trágico e precoce desaparecimento mudou a história da medicina. Por meio do estreito contato mantido com filhos, netos e o viúvo de Henrietta durante a pesquisa para o livro, a autora discute com muita lucidez as delicadas e complexas questões éticas e raciais envolvidas na história.
Minha Vida de Menina (Helena Morley)
Sinopse: Aclamado por escritores como Carlos Drummond de Andrade e João Guimarães Rosa, ”Minha vida de menina” é o diário de uma garota de província do final do século XIX. Publicado pela primeira vez em 1942, antecipa a voga das histórias do cotidiano e dos relatos confessionais de adolescentes ao traçar um retrato vivo e bem-humorado da vida em Diamantina entre 1893 e 1895. A pequena Helena Morley (pseudônimo de Alice Dayrell Caldeira Brant) compõe um painel multicolorido, desabusado e quase sempre inconformista do Brasil. De lambuja, o leitor é apresentado às inquietações típicas de uma adolescente espevitada e esperta às vésperas de um novo século.
Persépolis (Marjane Satrapi)
Sinopse: Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita – apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa.
Vinte e cinco anos depois, com os olhos da menina que foi e a consciência política à flor da pele da adulta em que se transformou, Marjane emocionou leitores de todo o mundo com essa autobiografia em quadrinhos, que só na França vendeu mais de 400 mil exemplares. Em Persépolis, o pop encontra o épico, o oriente toca o ocidente, o humor se infiltra no drama – e o Irã parece muito mais próximo do que poderíamos suspeitar.
Frida. A Biografia (Hayden Herrera)
Sinopse: Todo mundo conhece Frida Kahlo, cuja imagem, de olhar complexo sob sobrancelhas espessas, cabelos negros e roupas coloridas, é quase tão difundida quanto a de Che Guevara. Todo mundo sabe que sofreu um gravíssimo acidente na juventude, que foi casada com o grande muralista Diego Rivera, e que foi amante de Leon Trotsky. Todo mundo sabe que tinha ideias radicais em política e hábitos modernos na vida, que pintava de modo radicalmente pessoal, e que teve uma existência tão tumultuada quanto o século XX em que viveu. O que poucos sabem é que tudo o que quase todo mundo sabe sobre Frida Kahlo está longe de resumir sua vida, ou de revelar a mulher por trás do ícone da arte latino-americana moderna.
Finalmente traduzida para o português, Frida – a biografia foi um dos grandes impulsionadores do revival da artista nos Estados Unidos e em todo o mundo a partir de 1983. Como sintetizou a crítica, “Por meio de sua arte, Kahlo fez de si mesma uma artista e um ícone; por meio desta biografia, ganhou também dimensão humana”. Escrito por Hayden Herrera, reconhecida historiadora da arte, o livro traz, além da intimidade da história de Frida, detalhadas descrições e interpretações dos quadros de Kahlo, escritas com o rigor e a acuidade de uma especialista, mas também com a clareza, a fluidez e a sedução de uma amante dessa arte.
Catarina A Grande (Robert K. Massie)
Sinopse: Um dos destaques do ano segundo o The New York Times e o Washington Post, Catarina, a Grande ganhou o Prêmio Pen / Jacqueline Bograd Weld de melhor biografia publicada nos EUA em 2011 e figurou nas principais listas dos mais vendidos do país. Historiador com instinto de escritor, Robert K. Massie narra, com rigor histórico, riqueza de detalhes e ritmo narrativo, a trajetória da obscura princesa alemã levada para a Rússia aos 14 anos para casar-se com Pedro III, herdeiro do trono, e que acabou conduzindo um golpe que depôs o marido e a levou à coroação, tornando-se uma das mais poderosas e marcantes personalidades femininas de todos os tempos.
Lendo Lolita em Teerã (Azar Nafisi)
Sinopse: Esta é a história do sonho de Azar Nafisi e do pesadelo que o fez se tornar realidade. Durante dois anos, antes de deixar o Irã, em 1997, Nafisi reuniu sete jovens mulheres em sua casa, todas as manhãs de quinta-feira, para ler e discutir obras proibidas da literatura ocidental. Todas eram suas antigas alunas da universidade. No início, todas se sentiam tímidas e desconfortáveis, desacostumadas com o fato de expressarem seus pontos-de-vista, mas com o passar dos dias começaram a se abrir e a falar mais naturalmente, não apenas sobre os romances que liam, mas também sobre suas vidas pessoais, seus sonhos e seus desapontamentos. Suas histórias pessoais coincidiam com aquelas que liam – Crime e castigo, Madame Bovary e Lolita – a Lolita delas, do modo como a imaginavam em Teerã. A narrativa de Nafisi remonta aos primeiros dias da revolução, quando ela começou a lecionar na Universidade de Teerã, em meio a um turbilhão de protestos e manifestações. Esta história é um retrato fascinante do Irã na época mais acirrada do sangrento conflito com o vizinho Iraque. A partir do sutil olhar feminino, aprendemos como era a vida e a luta das mulheres no Irã revolucionário.
Estrelas Além do Tempo (Margot Lee Shetterly)
Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial, a incipiente indústria aeronáutica americana contratou matemáticas negras para suprir sua falta de mão de obra. Esses “computadores humanos” continuaram trabalhando para seu governo e passaram a fazer parte da NASA em uma época em que vingava a segregação racial. Elas garantiram que os Estados Unidos ganhassem a corrida especial contra a União Soviética e lutaram para realizar o sonho americano. Esta é a sua história, que inspirou o filme de mesmo nome indicado ao Oscar.
O Diário de Anne Frank (Anne Frank)
Sinopse: 12 de junho de 1942 – 1º de agosto de 1944. Ao longo deste período a jovem Anne Frank escreveu em seu diário toda a tensão que a família Frank sofreu durante a Segunda Guerra Mundial. Ao fim de longos dias de silêncio e medo aterrorizante eles foram descobertos pelos nazistas e deportados para campos de concentração. Anne inicialmente foi para Auschwitz e mais tarde para Bergen – Belsen. A força da narrativa de Anne com impressionantes relatos das atrocidades e horrores cometidos contra os judeus faz deste livro um precioso documento. Seu diário já foi traduzido para 67 línguas e é um dos livros mais lidos do mundo. Ele destaca sentimentos aflições e pequenas alegrias de uma vida incomum problemas da transformação da menina em mulher, o despertar do amor, a fé inabalável na religião e, principalmente, revela a rara nobreza de um espírito amadurecido no sofrimento. Um retrato da menina por trás do mito.
Heroínas Negras Brasileiras (Jarid Arraes)
Sinopse: Desde 2012, a autora Jarid Arraes tem se dedicado a desvendar a história das mulheres negras que fizeram a História do Brasil. E não bastava conhecer essas histórias, era preciso torná-las acessíveis e fazer com que suas vozes fossem ouvidas. Para isso, Jarid usou a linguagem poética tipicamente brasileira da literatura de cordel. E vendeu milhares de seus cordéis pelo Brasil, alertando para a importância da multiplicidade de vozes e oferecendo exemplos de diversidade para as mulheres atuais. Neste livro, reunimos 15 dessas histórias, que ganharam uma nova versão da autora e a beleza das ilustrações de Gabriela Pires, e um prefácio da pesquisadora Jaqueline Gomes de Jesus. Conheça a história de: Antonieta de Barros, Aqualtune, Carolina Maria de Jesus, Dandara dos Palmares, Esperança Garcia, Eva Maria do Bonsucesso, Laudelina de Campos, Luísa Mahin, Maria Felipa, Maria Firmina dos Reis, Mariana Crioula, Na Agontimé, Tereza de Benguela, Tia Ciata e Zacimba Gaba.
Tina Fey: A Poderosa Chefona (Tina Fey)
Sinopse: Antes de Liz Lemon. antes do ‘Weekend Update’. antes de Sarah Palin, Tina Fey era só uma jovem com um sonho – um pesadelo recorrente em que ela era perseguida em um aeroporto por seu antigo professor de educação física. Ela também tinha o sonho de um dia ser comediante na TV. Ela viu esses dois sonhos se tornarem realidade. Finalmente, a história de Tina Fey pode ser contada. De seus dias de adolescente nerd depravada até se tornar chefe do Saturday Night Live; de sua busca pouco entusiasmada pela beleza física até sua vida como mãe que come coisas do chão; de seu romance unilateral no colégio até sua lua de mel quase mortal – do início deste parágrafo até a última linha, Tina Fey revela tudo e prova algo que sempre suspeitamos; você não é ninguém na vida até alguém chamá-lo de ‘chefe’.
As Boas Mulheres da China (Xue Xinran)
Sinopse: Entre 1989 e 1997, a jornalista Xinran entrevistou mulheres de diferentes idades e condições sociais, a fim de compreender a condição feminina na China moderna. Seu programa de rádio, Palavras na brisa noturna , discutia questões sobre as quais poucos ousavam falar, como vida íntima, violência familiar, opressão e homossexualismo.De forma cautelosa e paciente, Xinran colheu inúmeros relatos de mulheres em que predomina a memória da humilhação e do abandono: estupros, casamentos forçados, desilusões amorosas, miséria e preconceito.São histórias como as de Hongxue, que descobriu o afeto ao ser acariciada não por mãos humanas, mas pelas patas de uma mosca; de Hua’er, violentada em nome da “reeducação” promovida pela Revolução Cultural; da catadora de lixo que impôs a si mesma um ostracismo voluntário para não envergonhar o filho, um político bem-sucedido; ou ainda a de uma menina que perdeu a razão em conseqüência de uma humilhação intensa.
A Garota da Banda (Kim Gordon)
Sinopse: Fundadora da banda Sonic Youth, ao lado do ex-marido Thurston Moore, Kim Gordon foi baixista e vocalista da banda por mais de três décadas, além de produtora musical, artista visual, ícone fashion e atriz que continua a influenciar gerações de mulheres. No livro, ela narra sua trajetória com o mesmo estilo visceral e livre de amarras com que se apresenta nos palcos. E começa de trás para frente, partindo de dois términos entrelaçados: o divórcio do casal e o fim do Sonic Youth, ambos um baque para os fãs. A partir daí, a autora fala de casamento, maternidade, feminismo, de seu background familiar, da paixão pelas artes visuais e, claro, de música, com uma narrativa não linear, mas sempre fascinante.
A História da Minha Vida (Helen Keller)
Sinopse: A história da minha vida traz ao público brasileiro o impressionante relato autobiográfico de Helen Keller (1880-1968), americana que, tendo ficado cega e surda aos 18 meses de idade em fins do século XIX, conseguiu aprender a ler, escrever, falar, dominar línguas, graduar-se em filosofia e tornar-se escritora reconhecida. Com a chegada da professora Anne Sullivan à sua casa, quando Helen Keller tinha pouco menos de sete anos, seu mundo transformou-se: aprendeu a manifestar – através das palavras, até então desconhecidas – seus desejos, seus sentimentos, entendeu regras e aprendeu a criar.
Lélia Gonzalez (Retratos do Brasil Negro) (Alex Ratts e Flavia Rios)
Sinopse: Obra que versa sobre a trajetória de vida, a produção intelectual e o ativismo político de uma das maiores lideranças do movimento negro brasileiro do século XX. Através da biografia de Gonzalez, os autores deixam entrever o processo de abertura democrática, revelando ainda a construção de identidade coletiva de segmentos excluídos da política nacional, notadamente os negros e as mulheres. Esta obra faz parte da Coleção Retratos do Brasil Negro, coordenada por Vera Lúcia Benedito, mestre e doutora em Sociologia/Estudos Urbanos pela Michigan State University (EUA) e pesquisadora e consultora da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. O objetivo da Coleção é abordar a vida e a obra de figuras fundamentais da cultura, da política e da militância negra.
Livre (Cheryl Strayed)
Sinopse: Aos 22 anos, Cheryl Strayed achou que tivesse perdido tudo. Após a repentina morte da mãe, a família se distanciou e seu casamento desmoronou. Quatro anos depois, aos 26 anos, sem nada a perder, tomou a decisão mais impulsiva da vida: caminhar 1.770 quilômetros da chamada Pacific Crest Trail (PCT) – trilha que atravessa a costa oeste dos Estados Unidos – sem qualquer companhia. Cheryl não tinha experiência em caminhadas de longa distância e a trilha era bem mais que uma linha num mapa. “Minha caminhada solitária de três meses pela costa oeste teve muitos começos. Mas, na realidade, minha caminhada começou antes de eu sequer imaginar empreendê-la, mais precisamente quatro anos, sete meses e três dias antes, quando estava em um pequeno quarto da Clínica Mayo, em Rochester, Minnesota, e soube que minha mãe ia morrer”, escreve a autora.
As cientistas: 50 mulheres que mudaram o mundo (Rachel Ignotofsky)
Sinopse: Recheado de ilustrações encantadoras, As cientistas destaca as contribuições de cinquenta mulheres notáveis para os campos da ciência, da tecnologia, da engenharia e da matemática, desde o mundo antigo até o contemporâneo, além de trazer infográficos sobre equipamentos de laboratório, taxas de mulheres que trabalham atualmente em campos da ciência e um glossário científico ilustrado. Entre as perfiladas, estão figuras bem conhecidas, como a primatologista Jane Goodall e a química Marie Curie, e outras nem tanto, como Katherine Johnson, física e matemática afro-americana que calculou a trajetória da missão Apolo 11 de 1969 à lua. As cientistas celebra as realizações das mulheres intrépidas que abriram o caminho para a próxima geração de engenheiras, biólogas, matemáticas, médicas, astronautas, físicas e muito mais.
Rainha Vitória (Lytton Strachey)
Sinopse: Herdando o trono aos 18 anos em uma época instável e violenta na Grã-Bretanha, Vitória foi uma das mais famosas e controversas soberanas. Mãe de nove filhos, viúva do príncipe Albert, reinou por 64 anos, de 1837 a 1901, o mais longo da história britânica. Este período foi um marco da industrialização, da expansão econômica e dos avanços que nos permitiram novos padrões de desenvolvimento urbano, como trens e metrô, a disseminação dos jornais, a invenção da fotografia e um extraordinário desenvolvimento artístico. Mas a era vitoriana foi também uma época de conservadorismo, da grande fome que matou mais de um milhão de pessoas na Irlanda, das Guerras do Ópio na China e da ocupação britânica no Egito. Lytton Strachey surpreende por sua abordagem concisa que revolucionou a arte da biografia ao revelar a monarca com admirável originalidade. Strachey compôs o melhor retrato literário da rainha que é símbolo de uma era.
Para Poder Viver (Yeonmi Park)
Sinopse: Yeonmi Park não sonhava com a liberdade quando abandonou a Coreia do Norte. Mas sabia que fugir era a única maneira de sobreviver à fome, às doenças e ao governo repressor. Este livro é a história da luta de Park pela vida. O leitor acompanha sua infância no país mais sombrio do mundo. Em seguida, testemunha sua fuga, aos treze anos, pelo submundo chinês de traficantes e contrabandistas. Emociona-se com seu périplo pela China através do deserto de Gobi até a Mongólia, guiada pelas estrelas, em direção à Coreia do Sul. Vibra com seu papel como ativista pelos direitos humanos. Antes dos 21 anos, Yeonmi acumulou experiência suficiente para encantar todas as gerações de leitores neste livro memorável.
As Irmãs Romanov (Helen Rappaport)
Sinopse: Ao longo dos anos, a história da brutal execução das quatro grã-duquesas Romanov turvou nossa impressão a respeito de quem elas realmente foram. Com frequência, são vistas como um belo mas insignificante detalhe na história dos pais, Nicolau e Alexandra, o último casal imperial da Rússia. A imagem que prevalece é a de que eram jovens adoráveis e donas de uma vida invejável, mas a verdade é bem diferente. As irmãs Romanov reconstrói a vida da última família imperial russa com ênfase na rotina de Olga, Tatiana, Maria e Anastácia. A alegria e a insegurança dessas jovens princesas são retratadas aqui tendo como pano de fundo os derradeiros dias da ordem mundial vigente até o início do século XX.
Rainha de Katwe: A emocionante história da garota que conquistou o mundo do xadrez (Tim Crothers)
Sinopse: Nascida e criada em uma das favelas mais miseráveis da África, Phiona Mutesi chamou a atenção do mundo todo ao se tornar campeã nacional da Uganda com apenas quatorze anos de idade. Com essa vitória, teve a chance de competir nas Olimpíadas de Xadrez, o evento de maior prestígio do jogo. Lá, foi uma das primeiras mulheres de seu país a ganhar o título de Mestra do Xadrez. Tanto na vida quanto nos tabuleiros, Phiona demonstrou um talento impressionante de perseverar diante dos maiores obstáculos. Esta é a sua história, que chegou também nos cinemas em 2016.
Sueli Carneiro (Retratos do Brasil Negro) (Rosane da Silva Borges)
Sinopse: Este é o relato da trajetória de Sueli Carneiro, ativista antirracismo do movimento social negro brasileiro. Feminista e intelectual, fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra, Sueli é uma das personalidades políticas mais instigantes da atualidade. Entender sua história de vida, suas influências e as mudanças concretas geradas por sua militância é compreender parte do cenário espacial, político e geográfico do movimento social negro contemporâneo. Esta obra faz parte da Coleção Retratos do Brasil Negro, coordenada por Vera Lúcia Benedito, mestre e doutora em Sociologia/Estudos Urbanos pela Michigan State University (EUA) e pesquisadora e consultora da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. O objetivo da Coleção é abordar a vida e a obra de figuras fundamentais da cultura, da política e da militância negra.
A Filha Favorita (Fawzia Koofi)
Sinopse: Filha de uma das sete esposas de seu pai, Fawzia Koofi foi deixada para morrer ao sol logo após seu nascimento — a mãe ficou desapontada por não ter dado à luz um menino. “Na nossa casa, as mulheres não eram bem-vindas. Quando nasci, minha mãe não me quis, me abandonou sob o sol quente. Apesar das numerosas bolhas de queimadura, sobrevivi e, a partir desse momento, me tornei sua filha favorita”, relata a autora. No entanto, ela sobreviveu, e a perseverança diante de adversidades extremas definiu sua vida. Driblando o destino, tornou-se presidente do parlamento afegão. Ao longo do percurso, além de todas as dificuldades que enfrentou por ser mulher em uma sociedade opressora, enfrentou os assassinatos do pai e do irmão e sobreviveu a inúmeros atentados contra a própria vida.
Em A filha favorita, Koofi compartilha sua história, pontuada por uma série de cartas comoventes que escreve às filhas antes de cada viagem a trabalho. Seu pai foi membro do parlamento afegão durante 25 anos e, segundo Koofi, era um homem incorruptível e muito apegado às tradições do país. Depois de seu assassinato pelos mujahidin, sua mãe, analfabeta, tomou a iniciativa de enviá-la para a escola. Enquanto a guerra civil recrudescia, a jovem tornou-se professora de inglês, depois cursou medicina, e se casou com um homem a quem amava e com quem teve duas filhas. Política e feminista, Koofi incorpora as tensões política, sexual e cultural do país, oferecendo esperança para o futuro de um dos lugares mais perigosos do mundo.
Cleópatra: Uma Biografia (Stacy Schiff)
Sinopse: Uma das mulheres mais famosas que já existiram, Cleópatra governou o Egito durante 22 anos e até hoje permanece no imaginário de todos como símbolo de poder e beleza. É certo que o cinema e as artes contribuíram para a propagação do mito, afinal, a ideia mais próxima que temos de sua aparência é uma moeda cunhada com sua imagem e alguns dos fatos e datas históricas permanecem nebulosos. Nada disso, porém, fez com que essa personagem seja menos fascinante. Stacy Schiff consultou inúmeras fontes e apresenta um retrato surpreendente não apenas de uma das figuras mais marcantes da história, mas de toda uma época. No auge do poder, Cleópatra controlava praticamente toda a costa oriental do Mediterrâneo, o último grande reino de qualquer soberano egípcio e, durante um período, deteve o destino do mundo ocidental nas mãos.
O Harém de Kadafi (Annick Cojean)
Sinopse: Soraya tinha apenas quinze anos quando Muamar Kadafi foi visitar a escola onde ela estudava. No momento em que ela lhe estendeu um buquê de flores. ele colocou a mão na cabeça da menina e acariciou seus cabelos. Era o gesto secreto que sinalizava a suas guarda-costas que ele a havia escolhido. Soraya foi raptada e viu sua infância chegar ao fim. Durante sete anos foi estuprada, espancada, forçada a consumir álcool e cocaína e depois integrada às tropas das “amazonas” de Kadafi. Neste livro, a conceituada jornalista Annick Cojean dá voz a Soraya, desvelando um aspecto pouco conhecido da ditadura de Kadafi – o abuso de drogas que estimulava a megalomania sangrenta do ditador e o cruel abuso sexual de jovens líbias, escolhidas entre aquelas que lhe chamassem atenção.
Eu, Malika Oufkir, Prisioneira do Rei (Malika Oufkir)
Sinopse: Malika Oufkir foi criada como uma princesa. Filha do chefe do exército e da polícia secreta do Marrocos, no início da década de 50 ela foi adotada pelo rei Mohammed V e, depois da morte dele, por seu filho Hussein II. Morou em palácios, recebeu uma educação refinada e se acostumou a conviver com reis e artistas de cinema. Um dia, porém, quando seu verdadeiro pai, Mohamed Oufkir, tentou um golpe de Estado para derrubar Hussein II, essa vida de sonhos acabou. Seu pai foi assassinado e ela, a mãe e seus cinco irmãos foram levados para uma prisão em algum lugar do Saara. Durante vinte anos eles viveram em condições desumanas, submetidos a toda sorte de humilhações, até conseguirem escapar. Esta é a história que a própria Malika e a jornalista francesa Michèle Fitoussi narram neste livro, um verdadeiro conto de fadas às avessas em pleno século XX.
Wonder Women. 25 Mulheres Inovadoras, Inventoras e Pioneiras que Fizeram a Diferença – Volume 1 (San Maggs)
Sinopse: Pense no quanto alguém é capaz de alcançar quando tem à disposição todos os recursos e o apoio de que precisa para desenvolver plenamente suas habilidades. Agora pense no quão especial alguém deve ser para conseguir os mesmos resultados quando nada ao redor conspira a seu favor. Em “Wonder Women”, o leitor conhecerá mulheres além de seu tempo. Pessoas brilhantes, que se recusaram a se acomodar no papel de coadjuvantes e foram à luta, tornando-se protagonistas de sua própria vida. Cientistas, engenheiras, matemáticas, aventureiras e inventoras cujos feitos mudaram os rumos da história.
Diários. 1947-1963 (Susan Sontag)
Sinopse: “Quem inventou o casamento era um torturador astuto. É uma instituição destinada a embotar os sentimentos.” Reflexões agudas como essa, entre a amargura e a ironia, fazem parte da matéria-prima destes Diários , espécie de buraco da fechadura privilegiado por onde se enxerga a intimidade mental e existencial dos anos de juventude de uma das intelectuais mais influentes da América do pós-guerra. Selecionados por seu filho David Rieff depois de sua morte, os trechos ora publicados exibem um foco temático irrequieto que se desloca num caleidoscópio de assuntos da esfera pessoal e cultural. A par do seu vasto itinerário de leituras e experiências de fruição artística, presenciamos aqui, em registro confessional, a descoberta adolescente da sexualidade, as vivências como caloura precoce na Universidade da Califórnia, onde ingressou aos dezesseis anos, o breve casamento aos dezoito com seu professor Philip Rieff e as duas grandes relações amorosas mantidas com mulheres na sua fase de jovem adulta. Os Diários nos transportam, enfim, para o denso e rico mundo mental de uma jovem Susan Sontag em plena batalha diária para se tornar Susan Sontag.
Mutilada (Khady Koita)
Sinopse: Todos os anos cerca de 2 milhões de meninas africanas sofrem graves mutilações em seus órgãos genitais. A chamada circuncisão feminina ou excisão tem respaldo cultural e aquiescência social há milênios em países africanos e árabes, e, apesar de intensas campanhas internacionais contra sua prática, vem se espalhando pela Europa e América, devido aos movimentos migratórios. ‘Mutilada’, de Khady Koita, é o relato de uma mulher senegalesa que passou pelo doloroso processo aos 7 anos de idade e de seu crescimento pessoal, que a levou à presidência da Euronet- FGM, a rede européia de prevenção das mutilações genitais femininas.
A Noite Passada Sonhei Com A Paz (Dang Thuy Tram)
Sinopse: Dang Thuy Tram tinha apenas 24 anos quando, em dezembro de 1966, deixou a casa dos pais – uma remediada família de Hanói – rumo ao sul do país, até a pequena aldeia de Quang Ngai, para trabalhar como médica voluntária durante a Guerra do Vietnã. Quatro anos depois, a jovem foi morta, com um tiro na testa, por soldados norte-americanos durante uma das inúmeras ofensivas à inóspita região, conhecida como baluarte da guerrilha comunista. Junto ao corpo, foi encontrado um rádio, um registro contábil de arroz, anotações sobre os ferimentos que tratou, frascos de remédio e ataduras, poemas e um diário. Escrito ao longo de dois anos, de 1968 a 1970, o caderno sobreviveu à guerra pelas mãos de um funcionário do governo americano e permaneceu inédito por mais de 40 anos. É esta história de amor incondicional de uma jovem idealista à pátria, à família e à vida que vem à tona agora, com o livro de ‘A noite passada sonhei com a paz’.
No Tempo das Borboletas (Julia Alvarez)
Sinopse: Embora prefira anunciar ”No tempo das borboletas” como uma obra de ficção, Julia Alvarez traçou uma das mais contundentes narrativas históricas dos últimos anos, revelando ao mundo a saga das irmãs Mirabal, que desafiaram a sangrenta ditadura do general Rafael Leonidas Trujillo, na República Dominicana, e acabaram assassinadas. No romance, em que se sobrepõem as vozes de Minerva, Patria, María Teresa e Dedé (a quarta irmã), misturam-se lembranças de laços de fita na cabeça, luta armada e prisão. Escolhendo o drama das irmãs Mirabal, a autora faz de ”No tempo das borboletas” o diário de muitas famílias dominicanas, que além de perderem tudo, até mesmo o direito de viverem no país em que nasceram, viram ceifadas vidas de parentes
Uma Memória de Jane Austen (James Edward Austen-Leigh)
Sinopse: Considerada a “mãe” de todas as biografias de Jane Austen, esta obra escrita pelo sobrinho da autora, retrata a intimidade da escritora mais querida de todos os tempos. James Edward conviveu com a tia na infância e a biografia traz os registros de suas reminiscências e de outros parentes. Cartas, curiosidades, sua infância e juventude em Steventon; suas primeiras composições; a mudança de Steventon para Bath; descrição de sua pessoa, personalidade e gostos. Jane Austen irmã; tia, filha, amiga e escritora. Uma biografia completa e emocionante.
Eu, Christiane F., 13 Anos, Drogada, Prostituída… (Kai Hermann e Horst Rieck)
Sinopse: Christiane F. tinha 12 anos quando se tornou usuária de haxixe, LSD e comprimidos. Aos 13 passou a usar heroína e logo começou a se prostituir para sustentar o vício. Em fevereiro de 1978, aos 15 anos, Christiane foi convidada para participar de uma reportagem dos jornalistas Kai Hermann e Horst Rieck sobre a adolescência. Uma tarde de entrevistas transformou-se em dois meses de conversas e visitas a locais tomados pelo tráfico e pela prostituição. Um relato comovente, o livro virou best-seller em mais de 30 países e foi traduzido para 15 idiomas. No Brasil vendeu cerca de 50 mil exemplares e agora ganha edição de bolso. Em 1981, inspirou o filme homônimo dirigido por Ulrich Edel e trilha sonora de David Bowie. Indicado aos pais, aos jovens e aos que lidam com o problema da droga em nosso país.
3096 dias (Natascha Kampusch)
Sinopse: Em 2006, o mundo parou para acompanhar o desfecho de um dos seqüestros mais longos da História Moradora de Viena, a austríaca Natascha Kampusch havia desaparecido aos dez anos de idade, após sair de casa para ir à escola. Inúmeras buscas foram realizadas pela polícia, sem resultado. O mistério se dissolveu de forma surpreendente. Após passar oito anos sob o poder de um desconhecido, vivendo em um porão de quatro metros por três de largura, Natascha conseguiu fugir. Em depoimentos à polícia, contou que seu captor, o também austríaco Wolfgang Priklopil, a maltratava e a obrigava a realizar tarefas domésticas. Seus únicos momentos de lazer eram assistindo televisão, ouvindo rádio e lendo. Do cativeiro, restaram apenas lembranças e um diário escrito ao longo dos anos, que serviu de base para o livro 3096 DIAS. Nele, Natascha conta como aprendeu a viver com seu captor e tenta encontrar uma justificativa para seu rapto e maus tratos.
Não Conte Para a Mamãe (Toni Maguire)
Sinopse: A frase que dá título ao livro de Toni Maguire, Não conte para a mamãe, poderia ser um pacto ingênuo entre dois irmãos ou uma brincadeira entre crianças. Infelizmente, não é o caso. Na verdade, é a ameaça sofrida pela autora durante os quase dez anos em que foi violentada pelo próprio pai. O livro, passado nos anos 50, é o relato sincero e estarrecedor de uma menina que além do assédio, sofreu com a omissão materna. Não conte para a mamãe é o relato assustador e, ao mesmo tempo, tocante da pequena Toni Maguire, negligenciada e traída por aqueles em quem mais deveria poder confiar. Um livro de difícil leitura, mas fundamental nos dias de hoje.
Rita Lee (Rita Lee)
Sinopse: Do primeiro disco voador ao último porre, Rita é consistente. Corajosa. Sem culpa nenhuma. Tanto que, ao ler o livro, várias vezes temos a sensação de estar diante de uma bio não autorizada, tamanha a honestidade nas histórias. A infância e os primeiros passos na vida artística; sua prisão em 1976; o encontro de almas com Roberto de Carvalho; o nascimento dos filhos, das músicas e dos discos clássicos; os tropeços e as glórias. Está tudo lá. E você pode ter certeza: essa é a obra mais pessoal que ela poderia entregar de presente para nós. Rita cuidou de tudo. Escreveu, escolheu as fotos e criou as legendas – e até decidiu a ordem das imagens -, fez a capa, pensou na contracapa, nas orelhas… Entregou o livro assim: prontinho. Sua essência está nessas páginas.
Quelé, a Voz da Cor. Biografia de Clementina de Jesus
Sinopse: A primeira biografia de uma das maiores vozes da história do samba. Mais do que a primeira biografia de Clementina de Jesus, este é o registro definitivo da grandiosidade da artista fluminense. Mulher, negra, mãe e dona de uma voz que “parecia subir da terra e vir do oco do tempo”, como registrou a jornalista Lena Frias, Clementina foi revelada aos palcos brasileiros em 1964, aos 63 anos, no show O Menestrel. Menos de dois anos depois, arrebataria o público internacional, no I Festival Mundial de Artes Negras, no Senegal, e em show no Festival de Cannes, na França. Quelé, a voz da cor traz a público a força, a doçura – e também a resistência – de Clementina de Jesus, desde seu nascimento em Valença, interior do Rio de Janeiro, em 1901, até sua morte, na capital do estado, em 1987. Não faltam a convivência apaixonada com o marido, Albino Pé Grande, o cuidado com os filhos, os netos e a amizade e o carinho com grandes nomes da música brasileira.
Elis: Uma biografia musical
Sinopse: Pesquisado e escrito ao longo de três décadas, este livro ilumina o gênio da maior cantora brasileira de todos os tempos. Músico, jornalista, “elisófilo” como poucos, Arthur de Faria é o maestro ideal para o desafio de dimensionar a importância de Elis Regina numa era inigualável da nossa história musical. Arthur dá voz a instrumentistas, produtores e arranjadores. No tom de uma conversa bem-humorada com o leitor, concede o devido espaço aos anos de formação da guria perfeccionista em Porto Alegre antes de narrar a explosão nacional da primeira artista que se mostrou perfeita para brilhar na TV. Esmiúça os meandros da indústria fonográfica. Desfaz mitos da trajetória da cantora. Relata, por um prisma original, episódios saborosos ou dramáticos de suas parcerias e brigas com inúmeros “monstros sagrados”. Fala de sua vida pessoal sem cair no sensacionalismo. Sobressai aqui a Elis Regina que tinha ouvido de músico – a grande instrumentista que não tocava nenhum instrumento. Seu faro para lançar compositores. O assombro de quem dividiu o palco com ela em qualquer época. Uma vida inteira dedicada à valorização e à proteção dos músicos. Mais de 30 anos depois de nos deixar, Elis canta melhor a cada dia que passa.
Clarice. Uma Biografia
Sinopse: Este livro, lançado originalmente em 2009, deu aos brasileiros uma nova imagem de Clarice Lispector e consagrou sua obra no exterior. Se hoje Clarice é uma figura mítica das letras brasileiras — bela, misteriosa e brilhante —, sua vida foi recheada de percalços que a tornam mais complexa do que mostra a imagem oficial. Ao empreender uma síntese inédita entre vida e obra de uma autora clássica, Benjamin Moser deu uma contribuição de extrema importância para a cultura brasileira. A edição da Companhia das Letras traz posfácio inédito de Michael Wood.
Carmen. Uma Biografia
Sinopse: Carmen , o novo livro de Ruy Castro, é a maior biografia de um artista já publicada no Brasil. Ano a ano, o autor acompanha a vida da brasileira mais famosa do século XX – do nascimento da menina Maria do Carmo, numa aldeia em Portugal (e a vinda ao Rio de Janeiro, em 1909, com dez meses de idade), à consagração brasileira e internacional de Carmen Miranda e sua morte em Beverly Hills, aos 46 anos, vítima da carreira meteórica e dos muitos soníferos e estimulantes que massacraram seu organismo em pouco tempo.
Mas Carmen não é apenas uma biografia. Enquanto entrelaça a intimidade e a vida pública da maior estrela do Brasil, Ruy Castro nos leva a um passeio pelo Rio dos anos 20 e 30, e por Nova York e Hollywood dos anos 40 e 50 – cenários em que é especialista. E ainda resgata a história da música popular brasileira, da praia, do Carnaval, da juventude do passado, da Rádio Mayrink Veiga, do Cassino da Urca, da Broadway, dos gângsters que dominavam os nightclubs americanos e dos bastidores dos estúdios de cinema – numa época em que para estrelas como Carmen, as noites não tinham fim.
Hebe. A Biografia
Sinopse: A biografia da Rainha da televisão por um dos mais conhecidos jornalistas brasileiros Hebe Camargo é um dos grandes nomes da história da televisão brasileira. A estrela, que começou sua carreira cantando no rádio, foi convidada para a primeira transmissão ao vivo da televisão brasileira e nela ficou até sua ultima gravação, em 2012, sendo conhecida por sua irreverência e autenticidade. Nesta biografia, o jornalista Artur Xexéo se dedica a contar toda a trajetória da cantora e apresentadora que marcou a história do rádio e da televisão no Brasil. Com depoimentos de artistas que acompanharam de perto a carreira de Hebe e relatos dos familiares da apresentadora, este livro vai encantar tanto aos fãs dessa mulher que deixou sua marca na TV brasileira e os aficionados pela história da televisão e do rádio.
A Biografia Intima de Leopoldina
Sinopse: Baseada no que contam (e ocultam) as cartas de Leopoldina, em um tom intimista e no ágil estilo do vienense Stefan Sweig, esta obra de Marsilio Cassotti é uma educação sentimental e política digna de escritores franceses do porte de Stendhal ou Flaubert, mas ambientada no Brasil. É a biografia de uma mulher excepcional escrita com rigor histórico, que se lê como um romance. Além do papel decisivo de Leopoldina na Independência do Brasil, a biografia narra a frieza com que Carlota Joaquina (sua sogra) a trata por ela não ser uma portuguesa ou espanhola. Seu marido, D. Pedro I, não é tão seletivo. Para ele, quando se trata de amor físico, basta que seja mulher. Leopoldina, por sua vez, sublima a dor das traições em constantes gestações e nos cuidados com os filhos. Esses e outros detalhes da vida de Leopoldina são abordados de forma única e saborosa nessa biografia romanceada.
A lista é colaborativa e será editada regularmente para incluir novos títulos. Deixe suas sugestões nos comentários abaixo!
Leia também 22 Dicas de Livros para Pensar e Aprender sobre Feminismo.
lEILA
June 14, 2017 @ 2:59 pm
Faltou NO TEMPO DAS BORBOLETAS DE JULIA ALVAREZ.
Aline fidelman
June 17, 2017 @ 1:38 pm
Malika oufkir, a prisioneira do rei. Por malika oufkir e Michele fitoussi
Amanda
July 6, 2017 @ 10:33 pm
Uma memória de jane austen; de James Edward Austen-Leigh.
Moça, interrompida; de Susanna Kaysen
Eu, Christiane F., Treze Anos, Drogada, Prostituída…; de Kai Hermann e Horst Rieck
3096 dias; de Natascha Kampusch
Não conte para a mamãe; de Toni Maguire.
Mariana Schleder
August 5, 2017 @ 12:22 am
Muito boa essa lista. Alguns desses livros já li, outros fiquei bem interessada. Acrescentaria “cisnes selvagens”, “as garotas de rhyad” e “as filhas sem nome”. 🙂
Ivana Moreira
January 14, 2018 @ 11:25 pm
Faltou a trilogia da autora norte-americana Jean P. Sasson: “Princesa”, “Princesa Sultana” e “As filhas da princesa”, estes livros contam a história real de uma das princesas da monarquia saudita, sob o pseudónimo de “Sultana” ela aceitou arriscando a própria vida relatar a jornalista e escritora Jean P. Sasson segredos da casa real Al Saud. Apesar da posição de protagonista ser também o título dos livros, não é uma vida de luxo e mordomia que é retratada, mas sim os percaussos, a violência, as barreiras pelas quais as mulheres sauditas são obrigadas a se submeterem em um país que tem suas leis fundamentadas na sharia . Sultana também compartilha as suas lutas, suas dores, sua extrema rejeição ao modo como as mulheres são tratadas em um país que tanto ela ama. Enfim são confissões de uma mulher que se vê impelida a prosseguir na luta pela liberdade dessas mulheres sauditas. Eu super recomendo!!!!