#LeiaMulheres – 5 Livros Escritos por Mulheres para Ler em Maio/2018

Todo começo de mês o Nó de Oito solta cinco sugestões de livros escritos por mulheres para a leitura no mês em questão.

Pintura de mulher lendo no sofá

Inspirada pelo projeto Leia Mulheres, que tem o objetivo de incentivar a leitura de obras assinadas por mulheres, todo começo de mês o Nó de Oito solta uma lista com cinco livros escritos por mulheres como sugestão de leitura para o mês em questão.

Eis nossas recomendações para Maio de 2018:

Herland. A Terra das Mulheres

Capa do livro Heland - A Terra das Mulheres

Autora: Charlotte Perkins Gilman

Sinopse: Publicado pela primeira vez em 1915, Herland – A Terra das Mulheres é uma novela que coloca os holofotes sobre a questão de gênero. Escrito pela feminista Charlotte Perkins Gilman, o livro descreve uma sociedade formada unicamente por mulheres que vivem livres de conflitos e de dominação. A história é narrada por um estudante de sociologia que, junto a dois companheiros, chega ao lendário país ocupado por mulheres. As diferentes visões dos três exploradores geram um choque cultural com a organização social utópica que terão de confrontar. Herland subverte questões como a definição de gênero, a maternidade e o senso de individualidade. Gilman, nesta obra, cria uma história revolucionária e dá uma importante contribuição às discussões sociológicas sobre os papéis masculino e feminino em sociedades de qualquer época.

Objeto Sexual: Memórias de uma Feminista

Capa do livro Objeto Sexual

Autora:  Jessica Valenti

Sinopse: Nesta sincera autobiografia, Jessica Valenti, uma das feministas mais proeminentes da atualidade, explora o preço que o machismo cobra na vida das mulheres. Dos assédios em transportes públicos e o medo do sucesso ao despertar sexual e a maternidade, “Objeto Sexual” revela os momentos dolorosos, constrangedores, e às vezes “fora da lei”, que moldaram o período da adolescência e de jovem adulta de Valenti na cidade de Nova York. Visceral e emocionante, “Objeto Sexual” não apenas conta as histórias vividas pela autora, mas reproduz as que se repetem todos os dias, na vida de milhões de mulheres objetificadas ao redor do mundo.

Quem Tem Medo do Feminismo Negro?

Capa do livro Quem Tem Medo de Feminismo Negro?

Autora: Djamila Ribeiro

Sinopse: Quem tem medo do feminismo negro? reúne um longo ensaio autobiográfico inédito e uma seleção de artigos publicados por Djamila Ribeiro no blog da revista Carta Capital, entre 2014 e 2017. No texto de abertura, a filósofa e militante recupera memórias de seus anos de infância e adolescência para discutir o que chama de “silenciamento”, processo de apagamento da personalidade por que passou e que é um dos muitos resultados perniciosos da discriminação. Foi apenas no final da adolescência, ao trabalhar na Casa de Cultura da Mulher Negra, que Djamila entrou em contato com autoras que a fizeram ter orgulho de suas raízes e não mais querer se manter invisível. Desde então, o diálogo com autoras como Chimamanda Ngozi Adichie, bell hooks, Sueli Carneiro, Alice Walker, Toni Morrison e Conceição Evaristo é uma constante.

Muitos textos reagem a situações do cotidiano — o aumento da intolerância às religiões de matriz africana; os ataques a celebridades como Maju ou Serena Williams – a partir das quais Djamila destrincha conceitos como empoderamento feminino ou interseccionalidade. Ela também aborda temas como os limites da mobilização nas redes sociais, as políticas de cotas raciais e as origens do feminismo negro nos Estados Unidos e no Brasil, além de discutir a obra de autoras de referência para o feminismo, como Simone de Beauvoir.

Sonata em Auschwitz

Capa do livro Sonata em Auschiwtz

Autora: Luize Valente

Sinopse: Um bebê nascido nas barracas de Auschwitz-Birkenau em outubro de 1944 e uma sonata composta por um jovem oficial alemão, na mesma data, também em Auschwitz, dão origem a duas histórias que se cruzam e se completam. Décadas depois, Amália, portuguesa com ascendência alemã, começa a levantar o véu do passado nazista de sua família a partir de uma partitura que lhe é revelada por sua bisavó. A dúvida de que o avô, dado como morto antes do fim da Segunda Guerra, possa estar vivo no Rio de Janeiro leva Amália a atravessar o oceano e a conhecer um casal de judeus sobreviventes do Holocausto. A ascensão do nazismo em Berlim, a saga dos judeus húngaros da Transilvânia, os mistérios acontecidos no campo de extermínio da Polônia e o pós-guerra numa casa cheia de segredos à beira de um lago de Potsdam oferecem os trilhos que Amália percorrerá para montar o quebra-cabeça.

Luize Valente é uma autora cujas tramas nascem de sua imaginação privilegiada e ganham corpo com pesquisa histórica rigorosa. Elaborada com extrema sensibilidade e precisão investigativa, sua narrativa envolve o leitor em mistério, suspense e profundos sentimentos.

A Longa Viagem a Um Pequeno Planeta Hostil

Capa do livro A Longa Viagem a um Pequeno Planeta Hostil

Autora: Becky Chambers

Sinopse: O livro de Becky Chambers é um marco recente no universo da ficção científica. Lançado originalmente através de financiamento coletivo pela plataforma Kickstarter, ele conquistou a crítica especializada e os ainda mais exigentes fãs do gênero, sendo indicado para prêmios respeitados, como o Arthur C. Clarke Award e o Hugo Award.

Um dos motivos do sucesso de A Longa Viagem a um Pequeno Planeta Hostil é a abordagem da história. Elementos essenciais em qualquer narrativa sci-fi estão muito bem representados, como a precisão científica e suas possíveis implicações políticas. O gatilho principal é a construção de um túnel espacial que permitirá ao pequeno planeta do título participar de uma aliança galáctica.

Mas o que realmente torna único esse romance on the road futurístico e muito divertido são seus personagens. Instigantes, complexos, tridimensionais. A autora optou por contar a história de gente como a gente — ainda que nem todos sejam terráqueos, ou mesmo humanos. A tripulação da nave espacial Andarilha é composta por indivíduos de planetas, espécies e gêneros diferentes, incluindo uma piloto reptiliana, uma estagiária nascida nas colônias de Marte e um médico de gênero fluido, que transita entre o masculino e o feminino ao longo da vida. Temas como amizade, racismo, poliamor, força feminina e novos conceitos de família fazem parte do universo do livro, assim como cada vez mais fazem parte do nosso mundo.


Confira todas as nossas indicações do #LeiaMulheres em um só post.

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