Por que Mulheres Removem os seus Pelos Corporais?
Escolha ou opressão? Uma breve reflexão sobre pelos e a história e motivações por trás da depilação corporal feminina.
Antes de mais nada, aqui vai uma notícia chocante pra vocês (principalmente para os homens): mulheres têm pelos.
E não é pouco.
Eu sei o que você está pensando. Como pode ser, certo? As mulheres nas revistas não tem pelos. Na televisão também não. No pornô, então, muito menos.
Nem nas propagandas de produtos depilatórios as mulheres têm pelos!
Eu sei que pode parecer estranho eu estar contando isso nesse tom de revelação, mas tem um motivo para isso. É que apesar de pelos fazerem parte do corpo de seres humanos em geral, toda vez que eles são avistados em pernas, axilas e virilhas de mulheres (isso sem contar em rostos e braços), todo mundo fica absolutamente aterrorizado.
É um assunto que deixa muita gente enfurecida. E o que é ainda mais bizarro: é um assunto que deixa muitas mulheres enfurecidas. Sério, se você for mulher, tenta postar uma foto da sua axila peluda no facebook pra ver. Te garanto que você vai ver homens e mulheres agindo como se uma mulher ostentando pelos debaixo do braço fosse uma ameaça equiparável ao ebola.
Mas por que odiamos nossos pelos, afinal? Bem, a resposta varia dependendo do local e da data. Os egípcios antigos, por exemplo – tanto homens, como mulheres – eliminavam todos os pelos do corpo e da cabeça para evitar infestações de piolhos, chatos e outros bichinhos asquerosos. Já na Grécia Antiga, pelos eram vistos como coisa de gente incivilizada, então a depilação era geral por lá também. No Império Romano, tirar ou não tirar os pelos corporais tinha a ver com classe social – isto é, quanto mais rica a mulher (e alguns homens), menos pelos ela deveria ter. E mesmo no Oriente Médio e na Turquia da antiguidade, muita gente preferia se ver livre de pelos.
Mais tarde, durante a Idade Média, teve toda aquela coisa cristã fanática de negar o próprio corpo e tal, então a depilação não era muito bem vista – embora muitas mulheres optassem por raspar, arrancar ou queimar os pelos pubianos para evitar os piolhos.
E assim surge o primeiro merkin – ou peruca pubiana – para esconder as partes íntimas de mulheres que não puderam com a coceira.
Quando chegou o Renascimento, no entanto, a febre da depilação atingiu a Europa – e dessa vez, especificamente para mulheres. Foi nessa época que surgiram os chamados Books of Secrets (Livros de Segredos), que traziam uma variedade de receitas médicas, dicas domésticas, guias de metalurgia, alquimia, tinturaria e, claro, manuais de beleza e cuidados com o corpo. Esses livrinhos eram recheados de receitas para a remoção de pelos corporais em mulheres – algumas delas com potencial para causar verdadeiras catástrofes. Exemplo do ano sem noção de 1532:
Como remover pêlos de qualquer lugar do corpo
Ferva uma solução de meio litro de arsênico e 60ml de cal. Vá até as banheiras ou a uma sauna e espalhe o remédio na área a ser depilada. Quando sentir esquentar, lave rapidamente com água quente para que a pele não saia junto.
Essas receitas eram destinadas a mulheres que “se encantam em se manter arrumadas, limpas e adornadas (…) e precisam de um método depilatório que remove de forma higiênica pelos indesejados em vários lugares do corpo de uma mulher”.
Nessa época, portanto, já existia a ideia da estética feminina ideal baseada em um corpo macio e liso, talvez como um contraponto à percepção de que pelos eram (e ainda são) historicamente associados a virilidade e poder. Pelos, portanto, já eram vistos como uma característica masculina, sendo que mulheres com muitos pelos eram associadas com desequilíbrios de imunidade humoral, que faziam com que elas se tornassem “inteligentes, mas difíceis e questionadoras, musculosas, feias, com uma voz grossa e problemas de fertilidade”, de acordo com o médico espanhol Juan Huarte, no século XVI.
Mas que coisinha, né?
Dessa forma, a remoção dos pelos era uma forma de reequilibrar a balança e evitar uma aparência masculinizada – uma infelicidade que, em uma época em que a única função da mulher era o casamento, seria a maior catástrofe da sua vida.
Tal ideal estético do corpo feminino perdurou nos séculos subsequentes, embora não muitas mulheres aderissem a ele. Como as roupas cobriam seus corpos da cabeça aos pés, dificilmente uma mulher depilava o corpo todo, pois ele quase nunca estava a mostra.
Basicamente, eu durante o inverno.
Esse abismo entre o “corpo feminino ideal” e a realidade causou, na época, situações surpreendentemente similares com as que acontecem hoje em dia quando uma mulher não se conforma ao ideal de beleza feminina que nos é martelado na cabeça desde a infância. No famoso caso de John Ruskin, em 1848, o famoso escritor e crítico de arte teria decidido se separar de sua nova esposa e musa inspiradora, Effie Gray, depois de vê-la nua em sua noite de núpcias. Embora ainda hoje muitos especulem os motivos da repentina separação, Effie escreveu em uma carta aos seus pais que o marido a achou repugnante. De acordo com ela:
“Ele alegou vários motivos, ódio a crianças, questões religiosas, um desejo de preservar a minha beleza, até que finalmente, nesse último ano, ele me falou o real motivo…que ele havia imaginado que mulheres eram bem diferentes do que ele viu que eu sou, e que o motivo pelo qual ele não fez de mim sua esposa foi porque ele ficou enojado com a minha pessoa naquela primeira noite de 10 de abril.”
Teria Ruskin ficado chocado com os pêlos de Effie? Bem, a julgar pela forma como as mulheres nuas foram retratadas durante séculos em pinturas, isso não seria nada surpreendente.
Mulheres em pinturas renascentistas: lisas que nem bunda de neném.
Talvez por esses motivos a adesão de mulheres à remoção de pêlos tenha sido tão rápida no século XX. Com o lançamento da primeira Gillette feminina em 1915, os primeiros a serem banidos foram os pêlos das axilas, que eram uma área que pela primeira vez em séculos faziam aparição pública. O processo continuou na Segunda Guerra Mundial, quando uma escassez geral de nylon fez com que as mulheres pudessem abrir mão da meia-calça e exibir as pernas nuas. Em 1946, o biquini foi inventado, o que estendeu a área de atuação da gillette para a região entre as pernas. E recentemente, temos a onda da remoção total dos pelos da região da vagina, supostamente lançada pela cultura pop e pela explosão do pornô de internet.
Pensando nisso tudo, fica fácil entender por que tanto homens como mulheres acham que pelos em mulheres são uma coisa abominável. Durante séculos criou-se esse ideal de estética feminina sem pelos, que não por acaso distancia o máximo possível o corpo “inferior” da mulher do corpo “superior” do homem. Esse ideal é tão forte e tão reforçado que ver uma mulher com a axila, as pernas ou a virilha peluda é sempre absolutamente chocante.
Eu mesma também estou inserida nesse contexto e também sinto tudo isso. Mesmo sabendo que pelos são uma parte natural do meu corpo, que eles têm uma função, e que eles não vão crescer inesperadamente no meio da noite e me enforcar durante o sono, eu ainda assim os observo com uma mistura de desconfiança, descontentamento e asco. Parece simplesmente errado eu ter pelos, sendo mulher. E embora hoje em dia eu seja um pouco mais tolerante com eles do que era no passado, ainda assim os removo, porque eles fazem com que eu me sinta inadequada, suja e feia.
Na minha opinião, esse é o motivo principal de as mulheres removerem os seus pelos hoje em dia. Não pode ser por higiene, pois além de não vivermos mais em um mundo infestado de piolho em que banho é uma vez por mês e olhe lá, homens não precisam removê-los. Também não é porque eles não são “naturais” ou “femininos”, porque se esse fosse o caso, por que razão eles cresceriam naturalmente no corpo de mulheres?
Não. Mulheres removem seus pêlos simplesmente porque eles não se encaixam na noção bizarra e inventada de feminilidade.
Pelos, de certa forma, são uma grande prova do poder da cultura de moldar nossas crenças, nossas escolhas e nossas vontades. Mesmo que seu parceiro não se importe com eles e que a decisão de removê-los seja sua e somente sua, isso não muda o fato de que a depilação feminina é uma construção machista que se desenvolveu ao longo de séculos, e que é essa construção que está por trás dos sentimentos de descontentamento, inadequação, vergonha e humilhação que fazem com que você remova os seus pelos.
Isso não significa, é claro, que uma mulher que se depila é a favor do machismo ou menos feminista. As coisas não são assim, preto no branco. Mas conhecer o porquê das coisas nos ajuda a, aos poucos, nos libertarmos desses ideais deturpados. E isso é importante, porque só assim poderemos ter a certeza de que as nossas escolhas, independente de quais forem, são de fato nossas.
E ninguém tem nada com isso.
Leia também Vagina Atômica: A Ameaça do Corpo Feminino.
Raquel
March 21, 2016 @ 2:09 am
Tema interessante! Que todas nossas ações sejam baseadas em escolhas, não em tradições machistas.
Lara Vascouto
March 21, 2016 @ 1:07 pm
Apoiada, Raquel! 🙂
Radazz
March 21, 2016 @ 6:05 am
Provavelmente a depilação masculina deve ser, pela logica, uma construção feminista né?!
Sinceramente no meu caso e posso afirmar de alguns amigos e amigas que a depilação se da pela simples sensação de liberdade na região em questão, e na verdade na minha opinião esse lance me parece algo atávico que vira e mexe se eleva e de pois tende a diminuir entre a passagem do tempo…
Deividi Chuffi Chaves
March 22, 2016 @ 2:44 pm
Bem, perceba que ainda hoje, muitos homens que se depilam são mal vistos. Geralmente eles são chamados de baitolas, viados, bixas, entre outros absurdos… E isso porquê? Porque se depilar (embora este cenário esteja mudando aos poucos) é algo de e para mulheres. Pelos são um sinal de virilidade, de masculinidade, de poder, e por isso, quando um homem os tira, é como se para muitos, ele estivesse abrindo mão desses símbolos, desse status. Se depilar, para as mulheres, sempre foi imposição, obrigação. Para os homens, agora se torna uma escolha.
Stephanie
April 10, 2016 @ 11:22 pm
Adoro seu blog, já indiquei ele para várias pessoas que não possuem tanto embasamento sobre as questões de feminismo/racismo. Continue assim! Adoro os temas e sua abordagem. Beijusss
Lara Vascouto
April 12, 2016 @ 12:19 pm
Que bom, Stephanie! Muito obrigada pelo incentivo <3 Beijos!
Nati
April 19, 2016 @ 2:01 am
Engraçado, eu pensava muito sobre isso quando achava que estava na hora de ir num salão e me depilar. Sempre odiei a coisa toda e fazia o possível pra ir adiando. Sou muito fresca pra dor, não suporto nem tirar sangue direito, então por que diabos sofria toda aquela dor? Se meu namorado não precisa, por que eu preciso? Resolvi tocar o foda-se, e acabou que isso não me incomoda nem um pouco =]
Altair
July 7, 2016 @ 9:01 pm
Homens também sentem essa pressão. Pode ser menos dependendo da parceira, mas também sentem..
Sou homem, não tenho problema nenhum com mulheres feministas, sou naturalmente “peludo” e sim, tanto solteiro quanto namorando recebi pressões de mulheres (amigas, parentes, ficantes, namoradas…) a depilar. hoje possuo aparatos e rotina de depilação por conta desse padrão: homens bonitos são altos, malhados de barriga tanquinho e sem pelo algum.
Para nos homens é “permitido” ter pelos nas pernas, mas no peito, nadegas e pubis é considerado nojento, horroroso.. E isso não é somente na analise se você é bonito ou nao. Atinge sua intimidade também. Se você como homem, está prestes a fazer sexo com uma mulher e aparece com o pubis peludo você é tratado com nojo e até escarnio. Se pedir um sexo oral entao para a parceira, nem pensar.
O outro lado tambem é critico, se você contar a qualquer um (homem ou mulher) que não quiz fazer um sexo oral em uma mulher por que ela tinha o pubis peludo, você é bicha. para qualquer um que você contar (seu pai, amigos, amigas…) você será recebido com a frase “ah mas você é muito bicha hein!”
Sinceramente, acho que cultural ou não, por motivos sociais ou nao, a verdade é que o problema não é pelos ou não. Mas sim um padrao muito elevado, e quase inatingivel, de beleza perfeita. Para homens e mulheres. Não adianta nos julgar por querermos mulheres sem pelos, etc.. por que voces tambem nos tratam mal, nos chamam de feios, quando nao estamos dentro do mesmo padrão de beleza.
Acho sim que ainda existe muito machismo atrapalhando o mundo, mas esse é o foco errado. me desculpem a sinceridade.
Acho que voces deveriam focar mais na liberação da sua sexualidade, de sua liberdade de paquera para quebrarem o paradigma de que “o homem que pega muitas é pegador, a mulher que pega muitos é puta”, o paradigma que “a mulher que gosta de sexo, que é boa de cama é rodada” e outros como “mulher para namorar e casar tem que ser santinha”. Isso sim são coisas que atrapalham. Estamos cheios de namoros e casamentos acabando por isso. Por que a mulher nao se sente a vontade de realizar suas fantasias com seu homem por medo de ser julgada. Isso é so um exemplo.
Gostei do site, apoio o objetivo que querem almejar, ajudo quando possível, MAS, por favor, foquem nas coisas certas.
Taty
April 24, 2017 @ 3:56 pm
Você quer dizer que pra mulher realizar as fantasias dela ela tem que estar depilada? sério isso?!
Mariana
May 10, 2021 @ 8:39 pm
Concordo plenamente, Altair. E adendo devemos quebra o paradigma “homem que dispensa mulher é bicha, baitola, gay” “homem que não transa com mulher é gay, baitola, idiota” como assim? Tratam os homens como se fossem máquina incansável de sexo, o que não é verdade. Eles tem o total direito de rejeitar e recusar como mulheres. E não sejamos hipócritas, todos temos gostos e preferência de não querer uma pessoa com muito pelos, não estiver a fim, um tipo de corpo. O que importa é desrespeitar. Isso é bem errado, agora se rejeitar com respeito. Está tudo bem, devemos ter paradigma.
Natália Teixeira
May 23, 2017 @ 3:30 am
Oi Lara! Gostei de ler seu texto! Podemos ver motivos gerais nos ideais de beleza mas creio que falta colocar uma lupa sobre cada mulher pra entender mais a fundo; e não correr o risco de criar regras politicamente corretas. Eu já fui alguém que se depilada por completo por volta dos meus 20 anos. Já estive em inúmeros debates feministas e testei em mim a liberação dos pêlos! Hj com 32 me sinto muito feminina com pelos pubianos, me imagino horrorosa sem eles. Sexualmente eles se tornaram fundamentais inclusice! Já os pêlos da virilha, pernaa e das axilas me deixam muito encalorada, suada, além de nas axilas exigirem q eu use um desodorante cheio de alumínio e outros produtos cancerígenos. Sinceramente, prefiro A gilete e meu desodorante natureba a bancar uma aparência dissidente. Outra questão nessa conversa é que geralmente quem banca 100% dos pêlos são meninas brancas, pêlos ralos e finos. Quem tem pelos crespos como eu vive outra história! É bem mais tranquilo pra elas tbm não somar o constrangimento dos pêlos ao racismo. No meu caso não me importo em estar com a depilação impecável, aparo os pêlos como corto as unhas! Ou o cabelo! O discurso de q o natural é ter pêlos é um contra senso, afinal o ser humano é cultural. Se for excluir tudo o que não é natural em nossas vidas não estaríamos aqui na Internet analisando história, política e estética. Se submeter a um padrão cultural machista ou a uma regra feminista politicamente correta me parece dois cárceres. Deixo aqui minha reflexão e meu abraço!
Henrique
November 12, 2018 @ 7:50 am
Bem interessante teu texto Lara. Vou te dizer meu ponto de vista, não vejo isso com “machista” e vou explicar porque. Vejo como reflexo da cultura secularista, na qual se cultua as aparências, e isso não afeta somente as mulheres. Historicamente elas sofrem mais com a visão que se tem de seus corpos porque esteticamente, o corpo feminino é mais belo que o masculino e essa é de alguma forma a característica que mais atrai os homens (por serem majoritariamente visuais) em uma mulher, ou poderia dizer, que primeiro atrai os homens.
A mulher por outro lado, por ser mais social, busca o status e a liderança desse homem, tanto perante os próprios homens quanto perante as mulheres. Existem motivos evolutivos pra ambos os casos, femininos e masculinos, mas não vou escrever para não me alongar tanto no texto. O que vejo é que em nossa cultura, em especial esses valores acima, foram e são muito explorados ao ponto que os outros quase somem em importância.
Assim como a maquiagem numa mulher, a indústria cosmética, que nada mais é que uma maneira de tapear ambos os sexos, tanto quantos as cirurgias plásticas, roupas, etc. Do lado do homem também, academias e hormônios para ficar “bombado” e parecer forte, carros e mentiras para ostentar o (tantas vezes falso) status, etc. Todas maneiras de se buscar atalhos para o que se quer: sexo. Se o homem não quer sexo com a mulher que “se oferece”, ele é visto como gay, chacota, etc. Se a mulher não se veste de forma provocativa e se expõem no “mercado sexual” ela é vista como encalhada, com teia de aranha, etc.
De alguma forma, sempre foi a mulher que teve controle sobre o sexo, porque no final das contas ela sempre podia ficar grávida e se ele fosse o homem errado, o(s) filho(s) e a familia não seriam protegidos. Mas as coisas mudaram, hoje a mulher engravida praticamente se quer e então pode ter quantos parceiros quiser, e isso também é secular, visto que não é característica feminina buscar tantos parceiros, é algo que foi construído.
O homem por outro lado tem esse instinto e isso é explorado, tanto na pornografia quanto na prostituição. Vejo tudo que vem acontecendo como algo que nos afasta das pessoas que gostariamos de conhecer, quanto mais nos distanciamos de nós mesmos, mais difícil será de encontrarmos as pessoas certas para nossas vidas, e no caso amoroso, o parceiro/parceira perfeita.
Mas o que tudo isso tem a ver com pelos nas mulheres? O que me trouxe até aqui foi que observo que algumas tem muitos pelos por todo o corpo e queria saber se isso é algo que eu suspeito: hormônios, já que muitas (praticamente todas) são saradas de academia. O motivo de pelos no rosto por exemplo (um bigodinho) provavelmente seria um excesso de testosterona na mulher, e isso “soaria” como algo ruim do ponto de vista evolutivo, não seria tão feminino, assim como um homem de voz fina, entende onde quero chegar?
Agora pelos nas axilas, também púbis, ter menos seria mais feminino. Mas quando que antigamente se olhava pra isso? Já que para a mulher mostrar o corpo para o parceiro talvez levasse anos e ainda no escuro, ou com a luz de lareira. Agrega isso com um homem já apaixonado por tantos outros dotes dela que foram mostrados nesse tempo? Ah… nossa época.