Gilmore Girls – Erros, Acertos e Expectativas para o Futuro
Com todas as temporadas disponíveis no Netflix, é hora de celebrar os acertos de Gilmore Girls e pensar o que a série precisa mudar para os quatro novos episódios previstos para o fim do ano.
Eu devia ter por volta de treze anos quando vi Rory e Lorelai pela primeira vez em um teaser de Gilmore Girls na Warner. Lembro até hoje: sem diálogo nenhum, a chamada mostrava mãe e filha tristonhas e pensativas, com uma trilha sonora meio melancólica. Nada representativa do clima do seriado em si, diga-se de passagem.
Apesar de ter demorado um pouquinho para mergulhar de cabeça em Stars Hollow, quando o fiz, a coisa ficou séria. Não posso dizer que me tornei fã de carteirinha, isso não. Mas durante muitos anos acompanhei as Gilmore Girls com interesse e carinho sinceros; e mesmo agora, depois de adulta, me sinto tão disposta a escapar para a idílica e fantasiosa Stars Hollow por algumas horas como me sentia aos dezesseis anos de idade. Tanto que é exatamente isso o que venho fazendo há meses, com a coleção de DVDs da série emprestada de uma amiga (o que faz com que eu me sinta um dinossauro agora que o Netflix, lindo, disponibilizou todas as temporadas).
É interessante, no entanto, reassistir coisas amadas da adolescência depois de adulta e feminista. E quando eu digo interessante, eu quero dizer desolador. Com algumas poucas exceções, na maioria dos casos quero me enrolar em posição fetal e nunca mais ligar uma televisão na vida – ainda mais se for para revisitar algum filme ou seriado que eu amei durante anos. A dor, minhas caras e meus caros…a dor é real.
Felizmente, Gilmore Girls não chega a ser um desses casos. Depois de anos, fiquei feliz de perceber que, no geral, ao invés de reforçar estereótipos femininos cretinos, a série desafia e subverte lindamente muitos deles. Isso não significa, no entanto, que ela esteja acima de críticas e que não existam algumas falhas grotescas que, a meu ver, precisam ser corrigidas urgentemente nos novos episódios que serão lançados no fim do ano.
Para resumir, elaborei alguns pontos de acertos e também de erros – para lembrar que o raio problematizador tem que estar ligado o tempo todo. Vamos a eles:
Acertos
Lorelai Destrói Estereótipos de Mães Solo/Mães Adolescentes
“Deixei de ser uma criança assim que aquela fitinha ficou rosa…Construí uma vida por conta própria, sem ajuda de ninguém.” – Lorelai Gilmore
Gilmore Girls conta a história de Lorelai e Rory, mãe e filha (e melhores amigas) que moram em Stars Hollow, um pequeno e idílico povoado nas proximidades de Nova York. Lorelai teve Rory aos 16 anos de idade e, por razões diversas, recusou a ajuda de seus pais ricos para criar a criança. A série começa quando Lorelai já está bem estabelecida como gerente de um hotel e Rory já é a melhor aluna da escola, no auge dos seus dezesseis anos.
De todas as contribuições da série, talvez a mais significativa seja a representação positiva de Lorelai como mãe solo. É raro vermos personagens nessa posição escritas para serem bem-sucedidas e admiradas, tanto pelo público, como pelos outros personagens. Apesar de ter tido suas dificuldades e de a série tomar o cuidado de não romantizar a gravidez na adolescência, Lorelai é independente, empoderada, ambiciosa e uma ótima mãe para Rory, que é prova viva de que famílias não-tradicionais podem ser mais funcionais do que uma família Doriana. Principalmente com a comparação constante que a série traz da vida que Lorelai teve com seus pais e a vida que ela construiu com Rory.
Você me deu tudo que eu preciso, mãe – CADÊ OS LENÇO?!
Rory Destrói Estereótipos de Garotas Adolescentes
Em suma, Rory Gilmore é uma garota que:
- Não odeia sua mãe (muito pelo contrário)
- Além de ser inteligente, estudiosa e esforçada, tem muito mais interesse em estudar em Harvard do que em namoros e garotos.
Só isso já é o suficiente para celebrá-la como um dos poucos exemplos saudáveis de garotas adolescentes na televisão. Além de inúmeras referências de músicas, filmes, séries e até de História que Rory e Lorelai trazem o tempo todo em suas conversas, a paixão de Rory por livros chegou até a induzir a criação do Desafio de Leitura Rory Gilmore entre os fãs. Foram nada menos de 339 livros citados ou lidos pela personagem ao longo da série.
Amizade Feminina sem Interferência Masculina
Recheada de personagens femininas, Gilmore Girls não economiza em amizades entre mulheres – algo raro em produções com mulheres protagonistas. Ou em qualquer produção, na verdade. E a melhor parte é que a existência e a interação entre elas independem quase que completamente de homens e garotos. Brigas e rixas entre amigas por causa de homens? Não em Gilmore Girls.
Nada de homens!
É uma Série sobre Mulheres, com Muitas Mulheres
“É o nome da minha mãe também. Ela me nomeou em homenagem a si mesma. Ela estava deitada no hospital, pensando sobre como homens costumam dar os próprios nomes aos filhos, sabe, então por que mulheres não poderiam fazer isso?” – Rory (cujo nome é na verdade um apelido para ‘Lorelai’), explicando por que ela e sua mãe têm o mesmo nome.
Lorelai, Rory, Emily, Sookie, Lane, Paris, Babette, Mrs Kim, Ms Patty – Gilmore Girls é uma série cheia de personagens femininas marcantes e interessantes, que representam várias etapas da vida. Temos as garotas da idade da Rory, as que se aproximam da idade de Lorelai, e as mais maduras, da idade da Emily (mãe de Lorelai, e uma das Gilmore Girls do título). E o melhor: todas são fortes e independentes, muitas cuidando sozinhas do próprio negócio.
Até a mecânica de Stars Hollow era uma mulher!
Erros
O Elenco é Quase que Inteiramente Branco (e Cis/Hetero)
Gilmore Girls conta com um elenco bastante variado, cheio de personagens secundários únicos e interessantes. Entre as mulheres, particularmente, vemos também uma variedade grande de idades e corpos, sem que nunca as personagens fora do atual padrão gordofóbico sejam ridicularizadas ou estereotipadas.
Pelo contrário – a personagem de Melissa McCarthy, Sookie St. James, é uma das melhores coisas da série.
Infelizmente, ainda que Sookie e outras não se encaixem totalmente no padrão de magreza, ainda assim elas continuam dentro do padrão por um único motivo: são todas brancas. Na verdade, com exceção de Lane e sua família (coreana) e de Michel (negro), todos os outros personagens de Gilmore Girls são brancos. Isso sem contar que vemos um reforço de estereótipos racistas na forma como a família de Lane é retratada: sua mãe é uma corena ultra rígida e estereotipada, enquanto tudo o que Lane quer é ser uma adolescente “normal”. Ela quer ouvir e tocar rock’n’roll, namorar, e ser basicamente como a Rory – e nós torcemos muito por ela, porque o estilo de vida da Mrs. Kim é tão absurdo. Ou seja, o fato de ela ser coreana nunca é apresentado como algo positivo (ou mesmo neutro), mas sim como algo do qual ela deve escapar.
Garotos não gostam de meninas engraçadas. – Mrs. Kim e uma de suas pérolas de sabedoria.
Além disso, o seriado nunca teve nenhum personagem que se identificasse como LGBT, e nem mesmo uma conversa sobre o assunto que não envolvesse uma piadinha homofóbica.
Tudo isso é ainda mais problemático quando paramos para pensar que Stars Hollow é um povoado inventado de caráter totalmente escapista. Ela é toda limpa, bem-cuidada, segura e adorável. Como ignorar o fato de que essa idílica cidadezinha, que foi feita para ser um sonho de perfeição, não tem quase ninguém não-branco e LGBT?
As Personagens Principais Praticam Slut-Shaming (*Alerta de Spoiler!)
Slut-shaming é uma forma de restringir e controlar a sexualidade feminina com xingamentos ou fazendo com que a mulher se sinta culpada, humilhada ou inferior por determinados comportamentos sexuais (como ter vários parceiros, transar sem compromisso, usar roupas curtas, etc).
Agora, as personagens em Gilmore Girls não fazem slut-shaming mais do que as de outros seriados da época, mas é decepcionante que sequer o façam, dado o pano de fundo feminista da série. Embora Lorelai tenha tido Rory na adolescência, isso não impede as duas de julgar a vida sexual de outras personagens. Além disso, apesar de sexo não ser algo demonizado abertamente, ele raramente acontece entre as personagens mais jovens sem consequências emocionais devastadoras. A primeira vez de Rory acontece com um cara casado e lhe traz caos emocional; a primeira vez de Paris faz com que ela surte e quase perca o sonho de estudar em uma universidade Ivy League; e a primeira vez de Lane não é nada prazerosa, e pior: ela engravida, logo de cara, de gêmeos.
Isso sem contar a icônica cena em que Paris conta a Rory que perdeu a virgindade. Lorelai está escutando a conversa, sem que elas saibam, e ao ouvir Rory falando que ainda é virgem, sorri e diz para si mesma “Eu tenho a filha boa”.
Né?!
Lorelai e Rory Nunca Reconhecem seus Privilégios
Uma das melhores coisas da série é a relação entre Lorelai e seus pais, um casal aristocraticamente rico que sempre teve dificuldade para aceitar as escolhas da filha. Durante a maior parte da criação de Rory, Lorelai se manteve afastada deles, mas a série inicia com a sua decisão de engolir o orgulho e pedir ajuda para pagar pela educação de Rory – o que os traz de volta à sua vida.
Agora, é verdade que Emily e Richard são pessoas bem difíceis, e ao longo da série descobrimos que Lorelai tem muitos motivos para querer se manter afastada, mas mesmo assim, eles adoram a neta e fazem de tudo por ela. Pagam pela sua educação, lhe compram um carro, decoram seu dormitório, oferecem-lhe um teto quando ela precisa. Da mesma forma, apesar de ter tido uma infância e adolescência difícil, Lorelai usufruiu das melhores condições de vida e da melhor educação. Temos portanto duas personagens aculturadas, bem-educadas e, para completar, angelicalmente brancas.
Por tudo isso, aquela frase da Lorelai, que eu usei lá em cima, me incomoda tanto:
“Deixei de ser uma criança assim que aquela fitinha ficou rosa…Construí uma vida por conta própria, sem ajuda de ninguém.”
Não duvido que tenha sido difícil, a questão não é essa. A questão é: será que se Lorelai tivesse um histórico diferente, ou mesmo uma cor de pele diferente, ela teria sido tão bem acolhida por Mia aos dezesseis anos? Será que ela teria conseguido aquele emprego de camareira e um lugar pra ficar? Será que ela teria escalado na carreira a ponto de se tornar gerente do hotel e conseguir morar em uma casa como essa?
O fato de Gilmore Girls ficar o tempo todo com esse discurso meritocrático sem realmente reconhecer todo o privilégio de suas personagens é bem problemático. Quando Richard leva Rory até Yale para conversar com o seu amigo, o reitor da universidade, para melhorar suas chances de ser aceita, a grande questão levantada é o fato de os avós de Rory estarem se metendo na sua vida. Nada é dito sobre a corrupção do ato em si; sobre como ser aceita daquele jeito poderia tirar a vaga de algum outro aluno sem acesso.
——-
Enfim, como eu disse lá em cima, a série tem, sim, muitos acertos, mas também não é perfeita. Com quatro novos episódios previstos para o fim do ano, a expectativa é grande de reencontrar as Gilmore Girls tão incríveis quanto elas foram uma década atrás, mas muito mais conscientes – tanto de si, como do mundo ao seu redor.
Um brinde a isso!
Leia também 4 Lições Feministas que Frozen Deveria ter Aprendido com Lilo e Stitch; e Lisa Simpson – Uma Voz Feminista em Os Simpsons.
Mônica Maria Bramorski
July 6, 2016 @ 11:46 am
Adorei o post e estou agendando uma maratona GG pra chamar de minha em breve <3
Mas tenho uma sugestão sobre o termo "mãe solteira"… Que tal a gente substituí-lo por "mãe solo"?!?! 🙂 Eu sou uma mãe solo e não sabia disso até uns dias atrás quando assisti esse vídeo aqui ó (que explica direitinho a "coisa"):
https://youtu.be/IeCFUYGPt8s
Achei a sugestão do termo que o vídeo nos traz muito pertinente e bem justa. Fica a dica. Beijão 🙂
Lara Vascouto
November 18, 2016 @ 9:50 pm
Adorei e mudei lá, Mônica! Obrigada pela dica! 🙂
Naíza
July 11, 2016 @ 5:44 pm
Muito massa! Quando eu assisti ainda adolescente, não notei nada de erros, o que eu acho até compreensível, já que esse tipo de crítica nunca me foi estimulada. Mas agora comecei a rever e a primeira coisa que pensei foi “minha gente, e essa casona?!”, e a segunda foi “essa cidade não tem violência NENHUMA?!”. Eu achei engraçado perceber isso agora, porque é tão óbvio que quase se joga na minha cara. Eu duvido que essas duas questões [reconhecer privilégios e a cidade perfeita] sejam “corrigidas”, mas espero muito que a limpeza étnica e de gênero/sexualidade sejam! Cruzando os dedos!
Lara Vascouto
November 18, 2016 @ 9:47 pm
Dedos cruzados, Naíza!!
Glaucia
July 24, 2016 @ 2:36 am
Realmente… essa parte do sexo na série deixa a desejar. Também só notei recentemente, reassistindo. Os outros pontos também, mas este do “eu tenho a filha boa” é mesmo decepcionante. O da Lane ficando grávida também…. Nossa… Uma pena mesmo.
Lara Vascouto
November 18, 2016 @ 9:47 pm
Pois é, Glaucia..Espero muito que a gente tenha surpresas boas com a Lane nos novos episódios. :/
Lise
May 3, 2017 @ 6:49 pm
Eu concordo com “defeitos” e as “qualidades”. Mas do comentário… eu não quero defender, mas eu quero dizer que eu entendo.
Eu tive uma vida RORY. EMBORA COM UMA PERSONALIDADE DE LORELAI. EU IMAGINO COMO DEVE SER 16 ANOS DE JULGAMENTO POR SEXO NA ADOLESCENCIA QUE RESULTAM EM GRAVIDEZ, SER JULGADA POR 16 ANOS COMO ALGUÉM QUE FAZ AS COISAS ERRADAS E É UM MAL EXEMPLO (E NÃO ESTOU DIZENDO QUE PENSO ISSO), MAS DE REPENTE… MESMO COM ESSES 16 ANOS, VOCÊ SE SENTE DANDO UM TAPA NA CARA DA SOCIEDADE PORQUE ALÉM DA SUA FILHA TE ADMIRAR, ELA NÃO COMETE AQUILO QUE TANTO JULGAM COMO ERROS.
‘A FILHA BOA’. NA REALIDADE ‘GOOD GIRL’ TAMBÉM PODE SER INTERPRETADO “MESMO COM TUDO ISSO, EU É QUE TENHO A ‘GOOD GIRL’ QUE A SOCIEDADE FAZ QUESTÃO”.
Joana
August 13, 2016 @ 4:10 am
Assisti a todas as temporadas pela primeira vez agora. Fiquei chocada com o episódio em que a irmã do Luke resolve se separar do marido quando descobre que está grávida e entra em um grupo de apoio de mães solo: “Liz: Esse é o grupo de apoio de mães solteiras de que estou participando. Elas são horríveis! Só o que fazem é reclamar, reclamar, reclamar (ela usa o verbo “bitch”). Eu teria largado cada uma delas também (oi?). Depois dessa fala, o Luke conversa com ela e a convence a aceitar o marido de volta. Liz vai saindo da lanchonete para encontrar o marido do lado de fora, quando uma das mães pergunta aonde ela vai e a resposta é “Meu homem chegou”. Então, Luke se aproxima da mesa das mães delas e fala: “Posso lhes oferecer alguma coisa? Compaixão, perspectiva?”.
No pouco tempo em que ficam em cena, essas mães fazem uns comentários maldosos que me parecem ser uma tentativa de mostrar que estão amarguradas por terem sido abandonadas e até mesmo com inveja porque a Liz conseguiu seu “homem” de volta. Enfim, me deixou a impressão de que a Lorelai é a mãe solo legal, batalhadora e “relax” e essas outras são amarguradas, desocupadas e reclamonas (olha só, elas têm até tempo de participar de um grupo de mães solteiras!).
Gosto do Luke, mas ele tem esse momento ruim com as mães, além do soco no Christopher (e depois uma briga maior) e do comportamento machista quando o Dean abraça a Rory no cinema.
Lara Vascouto
November 18, 2016 @ 9:46 pm
Total, Joana! O Luke tem vários momentos ruins, é triste viu. 🙁
Amanda Cruz
March 8, 2017 @ 2:10 am
Tem um outro episódio que Luke está aos nervos por conta de um grupo de pais e mães com bebês no restaurante dele, com vontade de expulsá-los, e o ápice de sua neura ocorre quando uma das mães começa a amamentar seu baby. Em sua enxurrada de reclamações, em nenhum momento Lorelay ou Rory se posicionam sobre, apenas riem de um modo que até parecem concordar, e o término da cena só reforça o ‘absurdo’ da amamentação em público, com o Jess fechando os olhos com nojo do que viu.
Lara Vascouto
March 31, 2017 @ 12:24 pm
Revi esse episódio (de novo) esses dias, é bem problemático mesmo!
Elis
February 26, 2017 @ 12:31 am
Olá.
Gostaria de saber se há algum post seu após ter assistido o revival.
Adoraria ler sua resenha.
A braços
Lara Vascouto
March 31, 2017 @ 12:51 pm
Ainda não, Elis! Preciso fazer, né? Obrigada pelo empurrãozinho 🙂
Juliana
October 18, 2017 @ 6:37 pm
Estamos esperando..
Megue de Brito
August 26, 2021 @ 2:57 am
Intempestivo, talvez? Mas precisava achar mais alguém para comentar sobre como o programa dava umas mancadas imperdoáveis. Erros que só hj, consigo identificar… Maratonei agora, matei a saudade? Sim! Chorei e ri? Muito, mas definitivamente o programa esteve longe da perfeição, no entanto, era um retrato da epoca, né? Triste.
Me incomodou logo na primeira temporada, o fato de que não ter negros nesse lugar. Porra perto de NY e o unico negro é frances????
O primeiro q aparece é o ajudante da mudança da Rory para o dormitorio na faculdade. Sim eu marquei kkkkk
Ate fiquei pensando q deve ter havido alguma petiçao na internet pq depois do entregador a porta da mansão gilmore foi aberta por uma empregada negra…uau! (Tds os 2 negros eram peões) Depois disso
Na prox. temporada, a cidadezinha ganhou muitos figurantes kkkk
Tinha gente passando pra la e pra cá.
E eram: 1 negro, 1 latino, 1 mulher com cachorro e 1 negro, 1 latino….😂😂😂 perdi muitas piadas xenofobicas da Lorelay( fase: viagens internacionais da familia, q foi triste nas piadas) para observar o vai e vem na praça principal.
Tentaram forçadamente dar mais “diversidade”
Enfim…concordo com todos os pontos q apontou no seu post
Mas não da para esperar tanto de uma comedia q amavamos na adolescência
Vou começar a temp. especial agora, oremos 😂😂